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O CONHECIMENTO DE DEUS

Neste curso de “Introdução à Teologia e ao estudo do conhecimento de Deus”, começamos estudando um pouco acerca da Teologia como disciplina acadêmica, ou seja, a etmologia da Palavra, conceitos, tipos, fontes e suas funções. Foi um esboço, ou uma estrutura que serve de base de pensamento, de organização para o labor teológico do estudante de teologia. Entretanto, o conteúdo da matéria propriamente dita é a autorevelação de Deus, contido, para nós cristãos, nas Escrituras Sagradas, e nos revelada na pessoa de Jesus de Nazaré. Daí, a partir deste momento, passamos a estudar um pouco acerca da Pessoa de Deus, conforme entendida pela tradição cristã no decorrer da história. Este curso trata somente de uma breve introdução, de noções, tanto da Teologia quanto do conhecimento de Deus, e tem a intenção de incentivar o estudante a que faça suas próprias pesquisas, realize sua própria busca teológica, pois não esgota o tema sobre este assunto, até mesmo porque tal coisa é impossível. Nos

Revelação Geral e Revelação Especial de Deus

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Deus está acima de qualquer conceito, de qualquer definição. O estudo acerca da pessoa de Deus nunca irá se esgotar, e nele, seremos sempre principiantes.  As Escrituras nos falam das características de Deus. Estudamos a Deus para nos tornarmos seus imitadores (Ef 5.1), pois assim como Ele é, assim o seremos (1 Jo 3.2), daí, uma vez salvos e regenerados, somos co-participantes da sua natureza (I Pe 1.4). Este estudo é somente um resumo, uma introdução à própria pessoa de Deus, para que nos inspire a nos apropriarmos cada vez mais da imagem e semelhança que já temos com Ele. Isto porque, cada pessoa se torna parecida com aquilo que adora, e nós queremos nos tornar parecidos com Aquele que nós adoramos. Mas o que torna possível o conhecimento de Deus? É o ato d’Ele se revelar (1 Co 2.6-16; Gal 1.11-12; Mt 11.25-27). Isto porque, para nós, Deus não se confunde com o Universo. Pensemos no seguinte exemplo. Imagine que o universo fosse uma bela e grande casa. Para as pessoas que ente

FONTES DA TEOLOGIA

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F onte tem a ver com o fundamento de onde buscamos nossas principais ideias teológicas. É de onde “flui”, por assim dizer, a teologia. Para a teologia cristã, a fonte de todo conhecimento é o próprio Deus, e só é possível conhecer acerca d'Ele aquilo que for revelado. Entretanto, quando falamos de fontes da teologia, pensaremos nos instrumentos que temos à nossa disposição para o labor teológico. As fontes da teologia são: Sagradas Escrituras: as Escrituras são o conjunto de livros que compõem o Antigo e o Novo Testamento. A fé judaico-cristã não começa necessariamente pelo livro, e sim, pela tradição oral. Entretanto, com o tempo, tudo vai sendo registrado nas Escrituras, e estas passam a ser a fonte principal da teologia cristã, pois a autoridade de quem escreveu os livros bíblicos é reconhecidamente maior do que a igreja que os recepcionou. A teologia evangélica reconhece nas Escrituras a sua autoridade máxima de fé e prática, pois são os documentos fundamentais da n

TEOLOGIA: CONCEITOS E TIPOS

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 A lguns conceitos acerca de Teologia : como em todas as matérias referente às ciências humanas (a teologia se aproxima muito mais de uma ciência humana do que uma ciência exata, ou biológica), não há um conceito único que defina o termo “teologia”. Etmologicamente vemos que o termo significa “discurso acerca de Deus”; entretanto, um conceito mais elaborado dependerá da tradição a que cada teólogo estará inserido. Veremos alguns conceitos, retirados da obra "Para que serve a teologia, do teólogo latino americano Alberto Fernando Roldán, Editora Descoberta, p. 23 e seguintes: “A apresentação dos fatos da Escritura, em sua ordem e relação próprias” (Charles Hodge). As Escrituras Sagradas contém diversos assuntos, como por exemplo, a criação do ser humano, a eleição do povo de Israel dentre diversos povos, lei, ética, a salvação, Jesus, o Espírito Santo, etc. Entretanto, tais assuntos não estão organizados de forma sistemática nas Escrituras. De acordo com a definição

TEOLOGIA: ETMOLOGIA, ORIGEM HISTÓRICA E TEOLOGIA NATURAL

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O  significado do termo teologia pode ser descrito na seguinte fórmula :  Theo (Deus) + Logia (verbo, discurso, palavra) = Deus + discurso (Discurso acerca de Deus). Cuidam-se de termos gregos. Vide também: Fontes da Teologia Teologia: conceito e tipos Origem histórica da palavra: Grécia antiga. Poetas gregos como Homero (Ilíada) e Hesíodo (Teogonia) eram considerados teólogos, pois discursavam acerca de Deus. Era uma religião politeísta, em que, de modo geral, os deuses expressavam os mesmos vícios que os seres humanos. Também controlavam determinados aspectos da natureza (Hiperión controlava o sol); ou psicológicos (Afrodite era a deusa do amor); alguns deuses eram considerados superiores (Zeus), e não eram onipotentes. Às vezes, eles se dividiam para apoiar diferentes lados de uma guerra entre os seres humanos. Apesar de imortais, não eram onipotentes. Muitos consideram que tais deuses, na verdade, eram projeções humanas sobre tais divindades, sendo que estas

FUNÇÕES DA TEOLOGIA

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Q uais os serviços que nos presta a teologia? Para que serve? Pode ser que muitos não consigam vislumbrar muito a sua importância , sob o argumento de que o que mais importa é a prática. Ocorre que uma igreja não se perpetua no tempo se não desenvolver uma doutrina, uma teologia, uma tradição. Por exemplo: em meados do sec. II, surgiu um movimento denominado de “montanismo”, por causa de Montano, seu líder. Tal movimento era um tipo de pentecostalismo, e surgiu como reação ao que se considerava frieza e formalismo da igreja católica. O montanismo se tornou tão poderoso, que em alguns lugares talvez tenha sido mais numeroso que a igreja católica. Entretanto, tal movimento parece não ter desenvolvido uma doutrina sólida, nem se institucionalizado, e em meados do sec. IV já havia se extinguido totalmente. Entretanto, igrejas que se separaram da Igreja Católica em meados do sec. V, como a Igreja Armênia, Igreja Copta, Etíope, entre outras, existem até os dias atuais, e contam com mi

Redenção

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A ssisti ao ótimo filme Redenção, na sua estréia, semana passada. É a história de um homem (Sam Childers) que levava uma vida muito louca, mas que, depois que saiu da cadeia, se deparou com sua esposa, ex stripper, que havia "encontrado Jesus". Em princípio, ele resiste bastante, mas depois passa por uma conversão radical, passando a ser um excelente cristão e pai de família. Ocorre que em determinado momento de sua vida, após tomar conhecimento de algumas notícias missionárias, sente-se atraído a ir para o Sudão, e compadece-se da situação das crianças em determinada localidade, vítimas da guerra política e religiosa local. O interessante é que, em sua missão, o Pr. Childers utiliza-se de meios pouco ortodoxos, por assim dizer. Vale a pena assistir e refletir acerca deste filme, pois ao que tudo indica, Childers é alguém que está fazendo uam grande diferença. No final, é exibido fotos e vídeos da vida real do missionário. Um filme deste tipo, infelizm

Brincando como se não existisse amanhã

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O ntem, tomei conta de uma criança, filha de um casal de amigos, e ela e minha filha se esbaldaram de tanto brincar. Foi muito legal; fomos ao parque, elas correram, pularam, brincaram, etc, até que uma delas se machucou. Fiquei envergonhado, pois, passei pouco tempo com a menina, mas ainda assim, ela se machuca... Quando a entreguei ao pai dela, ele me falou uma frase que, para mim, ficou marcada... Ele disse... "elas brincam como se não fosse existir outro dia para brincar...". Pois é; como fiquei matutando em, como de fato, "dos pequeninos, Deus tirar o perfeito louvor". Elas brincam como se não fosse existir amanhã... Buscar saborear a vida como se não fosse existir outro momento para tanto. Amam como se fosse a última vez... Infelizmente, perdemos a capacidade de brincar como se não fosse existir amanhã ... Beijar a mulher que nos apaixona... passear com a família... reencontrar os amigos... cultuar a Deus...até mesmo noss

Religião e opressão feminina

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A cabo de ver no noticiário da Record como vivem algumas mulheres afegãs que foram presas por cometerem algo que é considerado um crime pela cultura local. Uma destas mulheres foi condenada a cinco anos de prisão por ter fugido com o namorado, que também foi preso. Depois, irá para um abrigo de mulheres, visto que foi rejeitada pela família. Depois, a matéria ainda falava de diversas práticas em relação às mulheres pela cultura local; entre as tais, a de que a palavra o testemunho de um homem vale o de duas mulheres, a proibição, de modo geral, para o trabalho, estudo, etc, que não sei se é uma proibição geral (tudo isso, mui provavelmente alicerçado na sharia ). Um professor meu de antropologia me contou a seguinte estorinha, que achei interessante (talvez seja uma grande bobagem) para entender o fenômeno religioso em relação às mulheres. Conta-se que nossos ancestrais machos tiveram inveja das mulheres, pois somente estas podiam engravidar. Como vingança, já que os homens

As firmes resoluções de Jonathan Edwards

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A cabei de ler a obra “As firmes resoluções de Jonathan Edwards”, de Steven J. Lawson, da Editora Fiel. Consegui este exemplar diretamente do Reverendo Augustus Nicodemus, um campeão do calvinismo por estas terras, sendo esta, umas das obras que ele gentilmente doou para a Escola de Servos Líderes. Não perdi a oportunidade, e li o livro.

O dom da vida e o culto a Deus

A vida é um dom. É algo que se tem sem querer, ele simplesmente aconteceu, para todos nós. Não fomos nós que a provocamos; não fomos nós que a iniciamos. Quando demos conta de nós mesmos, estávamos lá. Sorrindo, chorando, dependentes de outros que nos amavam, e é isso. Obviamente, para muitas pessoas, a vida tem sido muito difícil para nela se pensar como um dom, mas para estes, a vida também aconteceu sem que se dessem conta. Por isso, para eles, a vida também é um dom, ainda que triste e sofrido.

O livre arbítrio arminiano/wesleyano significa salvação pelas obras?

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H á algum tempo, li em um site calvinista radical em que se duvidava da possibilidade da salvação de um cristão arminiano/wesleyano. Isto porque, para alguns calvinistas, a salvação, conforme exposta pelo arminianismo, seria pelas obras, e não somente pela graça de Deus.

Liberdade e Servidão

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"Um cristão é um senhor livre sobre todas as coisas e nã ose submete a ninguém" "Um cristão é um súdito e servidor de todas as coisas e se submete a todos" (LUTERO, "A liberdade do cristão", Ed. Unesp, p. 25. A maior escravidão, segundo as Escrituras, é o pecado. Primeiramente, os pecados pessoais, dos quais, em Cristo, nos podemos ver livres, tanto dos seus efeitos, como de sua condenação.

Labor Teológico Saudável

T odo labor teológico que não leva ao conhecimento de Deus, gerando amor e reverência a Ele, bem como à vida piedosa, corre o risco de se tornar eminentemente especulativo e levar ao esfriamento da alma. Então, pergunte à teologia que você estudou: me levou a amar mais a Deus; me levou à reforma da minha própria vida, à disciplina espiritual? Em caso negativo, reveja seus estudos e recomece novamente.

Igreja perniciosa

U ma das características de uma igreja que age de forma perniciosa, em minha opinião, é que ela retira muitos recursos financeiros da sociedade, mas dão pouco retorno em termos de recuperação de pessoas, promoção da felicidade e ação social, além de engordar sobremaneira os cofres de seus líderes. Além do que, passa a tratar todas as demais igrejas que lhe ameaçam como concorrentes, utilizando todo o seu aparato comercial para, direta ou indiretamente, detonar com aqueles que julgam poder prejudicar seus interesses. Um triste "tiro" na unidade da igreja cristã. Novamente, rasgam as vestes de Cristo...

Minhas dificuldades com o sistema calvinista de pensamento

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S ou admirador de muitos autores calvinistas, e no que diz respeito em ouvir e ler material teológico evangélico, a maior parte do meu tempo e dedicação tem sido em ler autores desta linha de pensamento, como o próprio Calvino, Spurgeon, Loyd-Jones, John Pipper, Berkhof, entre outros. Particularmente, eu tenho a impressão de que o protestantismo sério, do ponto de vista prático e teológico, tem sido majoritariamente calvinista, e até poderei um dia tornar-me um também.

494 Anos de Reforma Protestante

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E ste mês estamos comemorando 494 anos de Reforma Protestante. Assim como, em nosso aniversário, é salutar que façamos uma auto-análise de nossas vidas, talvez assim também devamos fazer com este movimento, que logo irá completar quinhentos anos e que influenciou profundamente a história do ocidente e do mundo. Todos os anos eu faço uma breve meditação sobre este assunto, e este ano não será diferente. Gostaria de pensar nas idéias que, em minha opinião, foram a mais forte e mais fraca na concepção protestante. O que será que foi bom para a cristandade, e o que talvez não tenha sido tão bom assim. É, obviamente, uma concepção pessoal, sujeita a erros e críticas de todos os lados. Mas vamos lá (quando penso em protestante, estou sendo bastante genérico, não me restringido à reformados, anglicanos ou luteranos em si). Em minha opinião, o ponto forte da Reforma foi a concepção soteriológica , ou seja, a doutrina da salvação. Houve um consenso entre os reformadores que a salv

Um pouco mais de dúvida é preciso

É comum escutarmos por aí que dúvida é coisa de cético, e que a fé é a certeza das coisas que não vemos e não podemos perceber por nossos sentidos, ainda mais se somos protestantes evangélicos, que creditamos nossa salvação única e exclusivamente pela fé.

Bendita espiritualidade judaica

H á quem diga que o pensamento grego influenciou certos tipos de espiritualidade cristã. Alguns mestres me disseram que a espiritualidade grega era dualista, ou seja, fazia uma grande oposição entre corpo e alma. O corpo, de modo geral, visto como algo ruim, e a alma, como algo bom.

Teologia e Prática

A lgo que escuto constantemente dos meus pares evangélicos é que teologia não é importante, mas sim a prática. Já ouvi isso de apóstolos, pastores, presbíteros, evangelistas e crentes comuns. Discordo completamente desta afirmação. Isto porque, não existe nenhuma prática eclesial relevante sem teologia. Nenhuma mesmo.

Educação divertida

E nsinar e aprender têm que ser uma atividade prazerosa. Outro dia, minha filhotinha pediu para fazer uma brincadeirinha com o papai. A brincadeira envolvia mostrar figuras de uma carta utilizada para alfabetização. Ela adora brincar disso.

Diálogo de um Professor de Teologia com um Pastor Pentecostal - Parte I

PASTOR: Eu não gosto muito deste negócio de estudar teologia. Prefiro a prática. Há muitas maluquices nestes seminários. PROFESSOR: Mas qual o motivo desta desilusão com a teologia, pastor? PASTOR: É que sempre que vi um cabra ir pro seminário, ele perde a fé! PROFESSOR: Como assim? PASTOR: Ele já não evangeliza com o mesmo ardor, já não crê com o mesmo temor..

Cristãos perseguidos, islamismo e atividade missionária

Semana passada alguns meios de comunicação (mesmo jornais seculares) relataram a possibilidade de ser aplicada a pena de morte em Yousef Nadarkhani, pastor iraniano que se converteu do islamismo ao cristianismo. A acusação é de apostasia, ou seja, cometeu o crime de deixar o islamismo. O senador Crivella pediu apoio aos demais senadores em relação o referido pastor, e que entregassem à embaixada do Irã um documento pedindo por sua vida. Há pelo menos duas observações que podem ser feitas diante de tal episódio.

Comunhão cristã no pensamento de Dietrich Bonhoeffer

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H á poucas personalidades cristãs que me impressionam tanto quanto Dietrich Bonhoeffer. Ele era alemão; entretanto, pastoreava uma igreja em Londres. Quando o nazismo assumiu o poder na Alemanha, ele fez questão de voltar à sua terra natal e fazer algo a respeito. Fundou uma comunidade da igreja confessante, aquela que não aderiu à doutrina nazista. Foi tal comunidade que inspirou o livro “Vida em Comunhão” (Editora Sinodal), que vou postar alguns trechos por aqui. O livro é tão bom que quase nenhuma palavra cai por terra. Recomendo. No trecho abaixo, Bonhoeffer nos adverte da necessidade de dependermos também da graça do Senhor para formarmos uma comunidade, e não de nossos próprios ideais. “Numerosas vezes, toda uma comunhão cristã faliu porque vivia de um ideal. Justamente o cristão sério, aquele que pela primeira vez entra em contato com uma comunhão de vida cristã, muitas vezes trará consigo uma determinada imagem do tipo de vida em comum cristã e se empenhará em c

Pai nosso, pão nosso

“Os carismáticos falam muito no Pai nosso, mas nada dizem acerca do pão nosso” (Leonardo Boff, na madrugada de 26 de setembro de 2011, no programa “É notícia”, da Rede TV). Na mencionada entrevista, Leonardo Boff atacou aquilo que chamou de “igrejas midiáticas”, sejam elas católicas ou evangélicas. Segundo ele, tais igrejas funcionam como um tipo de “lexotan”, um tipo de calmante para o povo, alienando-os de seus verdadeiros problemas, não tocando na questão da justiça social.

A oração que Deus não ouve - parte II

“Aquele que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração é abominável” (Prov 28.9). J á meditamos aqui, em outra oportunidade, na Oração que Deus não ouve - parte 1 , no que diz respeito a alguém virar as costas ao clamor do pobre. Agora, temos um outro exemplo de oração que é considerada abominável pelo escritor de Provérbios: é a oração de quem desvia os ouvidos de ouvir a lei.

Juntai tesouros nos céus

Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam (Mateus 6.20). O evangelho nunca tem um comando negativo que não seja seguido de um positivo. Depois de proibir seus discípulos de acumularem tesouros na terra, Jesus os exorta a acumular tesouros no céu. E como se acumulam tesouros nos céus?

Não ajunteis tesouros na terra

Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam (Mateus 6.19). E ste é um dos mandamentos mais constrangedores de Jesus para os nossos tempos. John Wesley, famoso pregador inglês, líder do movimento metodista-anglicano, pregando tal passagem para seus conterrâneos, salvo melhor juízo, na Universidade de Oxford, disse que é como se ela estivesse ainda no grego original ou em uma língua ininteligível, ainda não traduzida, pois era sempre solenemente ignorada pelos cristãos de seu tempo.

Teologia e Piedade em Hernandes Dias Lopes

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A verdade não está nos extremos. Devemos ser crentes tradicionais, apegados às verdades de Deus, de forma irredutível. Os absolutos de Deus são inegociáveis. Não podemos jogar na lata do lixo nossa teologia. Igreja sem doutrina não tem consistência, não tem firmeza, nem fidelidade. Não podemos cortar nossas raízes com o passado. Não podemos colocar no museu a nossa Confissão de Fé. Não podemos jogar fora o rico legado que herdamos dos apóstolos, dos reformadores, dos nossos pais puritanos e de tantos servos fiéis do passado. Não podemos viver como folhas ao vento, sem raiz e sem estabilidade.

Oração do Pai nosso: livra-nos do mal (2)

Ontém vimos que uma das "missões" do Maligno é cegar o entendimento dos incrédulos para que não lhes resplandeça a glória do evangelho. O Maligno também "rouba" a semente que é plantada no coração daqueles que, ouvindo o evangelho, não entendem a mensagem:

Oração do Pai nosso: livra-nos do mal

E não nos deixes cair em tentação; mas livra-nos do mal ; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém (Mateus 6.13). O mal que se diz na oração do Pai nosso não é um mal circunstancial, psicologico ou um adjetivo, mas diz respeito à personificação do mal. As Escrituras reconhecem a existência de tal ser, despeito do que possamos acreditar ou não acerca de tal assunto.

Oração do Pai nosso: não nos deixes cair em tentação

E não nos deixes cair em tentação ; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém. (Mateus 6.13) A tentação não pode ser evitada. Mas o cair em tentação, sim. Vale a pena ler uma passagem de S. Tiago acerca deste assunto:  

Oração do Pai nosso: assim como nós perdoamos

E perdoa-nos as nossas dívidas , assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.11) ; Há duas formas de se interpretar esta parte da oração do Pai nosso.   A primeira, clássica, é que Deus não nos perdoa se nós não perdoarmos quem nos machucou.  

Oração do Pai nosso: Perdoai nossas dívidas

E perdoa-nos as nossas dívidas , assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.11); Dívidas diz respeito aos pecados, ou às ofensas que cometemos contra o Pai e contra o nosso próximo. No início da oração, dissemos ao Pai: "santificado seja o teu nome"; ou seja, seja reconhecido como santo.

Oração do Pai nosso: o pão de "hoje"

O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Acho que foi Santo Agostinho que disse que o "ontem" não existe. Já foi, já existiu. Nem mesmo o "amanhã" existe, visto que ainda existirá, e sequer sabemos se iremos "estar lá" para vivê-lo.

Oração do Pai nosso: o pão nosso "de cada dia"

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O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Jesus não nos ensina a orar por muitos pães para muitos dias, mas pelo pão de cada dia. Isso parece ser a medida exata do necessário para as necessidades cotidianas.

Oração do Pai nosso: O pão que "é nosso"

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O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Já meditamos um pouco sobre a dimensão comunitária do Reino quando pensamos acerca do Pai que é "nosso". Agora, a oração do Pai nosso continua com esta mesma tendência, ao recitar o pão que é "nosso".

A oração do Pai nosso: o Pão

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O pão nosso de cada dia nos dá hoje (Mateus 6.11); Pão é um alimento básico existente em praticamente todas as culturas, e na judaica, não poderia ser diferente.   Algo que, espera-se, seja sempre acessível a todos, pobres ou ricos, de qualquer camada social.  

Oração do Pai nosso: "Assim na terra como nos céus"

Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu (Mateus 6.10); A ssim na terra como no céu... O céu é o símbolo do lugar em que a vontade do Senhor é perfeitamente realizada, de um modo tal que não podemos sequer imaginar. Entretanto, a terra é, em algum sentido, o lugar em que a vontade do Senhor ainda não se realiza.