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Mostrando postagens de janeiro, 2020

José, pai de Jesus, misericordioso e justo

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As Escrituras nos relatam que José, ao saber que Maria, sua noiva, estava grávida, tencionou deixá-la. Isto porque, ele era “justo e não a queria infamar” (Mateus 1.10), daí, iria deixá-la secretamente. Pensemos por um instante. José, até esse momento, não sabia que Maria concebera do Espírito Santo. Logo, raciocinou que sua noiva o havia traído. Poderia ele, em um ato de amor, assumir sua noiva, mesmo sabendo que a criança pertencia a outro homem? Em tese, sim; porém, caso acobertasse tal ato, em certo sentido, estaria sendo conivente com o pecado de outrem. E isso, naqueles tempos, era relativamente complicado, pois a pena para o noivo que adulterasse era a morte. E como diz o texto, José era justo. Porém, o texto também diz que José não a queria “infamar”. Ora, caso fosse noticiado que Maria estava grávida de outro homem que não o seu noivo, ela poderia ser apedrejada. Por isso, José resolveu deixá-la secretamente, sem fazer alarde. Talvez passasse na cabeça de José que Maria pud

Liberdade de expressão e respeito ao sentimento religioso

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Tivemos a pouco enorme polêmica envolvendo o especial de Natal do grupo Porta dos Fundos em pareceria com a Netflix. Grupos cristãos expuseram indignação, seja cancelando a assinatura, ou promovendo petição pública de protesto. Não demorou, e um grupo cristão conservador propôs uma ação a fim de que o filme fosse retirado do ar cumulada com pedido de  danos morais coletivos. Em primeiro grau, o Ministério Público se manifestou pela condenação da empresa ( entendimento esse não atendido pelo Juízo ), e em segundo, um Desembargador chegou a conceder liminar em favor do grupo católico , tendo sido tal decisão revogada pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal . De minha parte, entendo plenamente os cristãos que se sentiram ofendidos. Porém, também entendo quem prefere prezar pela liberdade de expressão, sendo este um dos pilares de uma sociedade democrática e liberal, ainda que for para dizer coisas que não gostamos. A questão jurídica não é tão simples como se

Receba muito bem as pessoas que forem à sua igreja

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Você poderá estar salvando uma vida se agir assim. Lembro-me certa vez que uma moça foi na igreja que eu frequentava, a Betesda. Tínhamos um grupinho muito bacana. Essa moça foi em uma vigília. Foi por indicação de alguém. Chegando lá ela já foi muito bem recebida. Acolhida. Louvou e orou conosco. Na hora do lanche, também a acolhemos. Perguntamos seu nome, sua história. Ela começou a fazer parte do grupinho. Tempos depois ela revelou que estava com intenção de se suicidar. E que dependendo do modo como fosse tratada ao entrar na nossa igreja, levaria seu plano adiante. Mas graças a Deus isso não aconteceu. Porém, tomei conhecimento a pouco de uma outra história que não acabou bem. Um amigo que faz trabalho social nas ruas convidou dois (duas) travestis, moradores (as) de rua, para ir em sua igreja, inclusive, uma igreja inclusiva. Um(a) delas disse que queria por fim em sua vida. Esse meu colega, com muita confiança, disse a ela que seria um tempo de muita alegria, e que Jesus poderia

O trânsito religioso e os consumidores de religião

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Um pastor fica muito contente quando chega alguém na comunidade! É uma alegria! No início, tudo são flores! Porém, não raras vezes, aquele que chegou, vai embora; algumas vezes, nem dizem tchau. Esse é um fenômeno muito comum nas igrejas. Acredito que o número de pessoas que passou e não ficou na nossa comunidade é mais que o dobro do que os que ficaram. O que será que explica um fenômeno como esse? Acredito que uma das explicações é que muitas pessoas vão para a igreja com uma certa mentalidade consumerista. Como assim? Eles querem um louvor, uma palavra, e atividades que os agradem. Ora, mas o que há de errado nisso? Todos não querem isso? Sim, mas o problema é que, quando alguém tem essa mentalidade de consumo, ela não se sente parte do todo, e, ao menor desagrado, se vai da comunidade e parte para outra que satisfaça seus próprios anseios. São, o que o Pr. Ricardo Bitun chamou de Mochileiros da fé . O fato é que, por mais importante que seja um louvor e uma palavra que nos agrade,