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Mostrando postagens de 2013

Lidando com a traição

Um obreiro, um discípulo do Senhor precisa aprender a lidar com a traição. Assim como o seu Senhor foi traído, não espere o seu discípulo que algo parecido não possa ocorrer com ele também. Aconteceu com Paulo, com Policarpo, com diversos apóstolos e missionários da fé cristã. Há um aspecto do caráter cristão que somente aprendemos quando passamos por certos dissabores, e o momento em que mais nos identificamos com Cristo é quando sofremos em silêncio, como ovelhas indo para o matadouro. É quando sofremos injustamente e não revidamos. É quando tínhamos todas as condições de nos vingar, e ainda assim nos aquietamos. Temos o mandamento de nosso Senhor de não revidar, pois a Ele pertence qualquer tipo de vingança. O que fazer com a dor? Colocá-la diante do Senhor. Virar a página. Não ficar remoendo. Desfocar. Nada há de errado também em fazer o ofensor saber que te ofendeu (na verdade, isto também é uma obrigação), embora, nem sempre ele irá admitir ou se arrepender. Se pos

Porque Ele vive!!!

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PORQUE ELE VIVE NÓS TEMOS VITÓRIA SOBRE A MORTE! I Coríntios 15.58 Tragada foi a morte pela vitória! Onde está, ó morte, a tua vitória? O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo. PORQUE ELE VIVE SABEMOS QUE ELE INTERCEDE POR NÓS! Romanos 8.33-34: Quem atentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós . PORQUE ELE VIVE SABEMOS QUE TEMOS UM ADVOGADO JUNTO AO PAI I João 2.1-2 : Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se todavia alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo. PORQUE ELE VIVE PODEMOS TER A CERTEZA DA FILIAÇÃO DIVINA: Romanos 8.15 : Porque não recebestes o espírito de escravidão para viverdes outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito d

As marcas das Sagradas Escrituras - F.I.F.A. - Pregação do dia da Biblia

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(esboço baseado na pregação do Pr. Clóvis, da Igreja Presbiteriana, pregada na Igreja Evangélica Manaim, em 08 de dezembro de 2014, dia da Bíblia). 1ª marca: FIDELIDADE (credibilidade) – “ Fiel é esta palavra, e digna de toda a aceitação” (1 Timóteo 1.15a). “Toda a Escritura é inspirada por Deus ”(2 Timóteo 3.16a). “Se alguém quiser fazer a vontade do dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se eu falo por mim mesmo” (João 7.17). A Bíblia tem fidelidade, pois foi Deus quem a inspirou . É o próprio Senhor que a garante, e Ele é fiel. 2ª marca: INTEGRALIDADE – “Pois tudo o que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito” (Romanos 15.4a). “ Toda a Escritura é inspirada por Deus” (2 Timóteo 3.16a). “São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lucas 24.44). Não podemos desprezar nenhuma parte das Escrituras Santas . Não temo

Cartas de Cristo ao mundo

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...estando já manifestos como cartas de Cristo, produzida pelo nosso ministério... (2ª epístola de Paulo aos Coríntios) O apóstolo Paulo enxergava a missão de seu ministério como que escrevendo cartas. Entretanto, não eram somente cartas de papel, conforme ele as escrevia, não. Ele escrevia "cartas pessoas". Sim, isso mesmo! Cada pessoa atingida pelo seu ministério deveria se tornar uma carta de Cristo ao mundo. E estas cartas de Cristo ao mundo deveriam conter uma mensagem muito simples: uma mensagem de reconciliação, de Deus para com os homens, para com o mundo todo. Trata-se de cartas vivas. Com letras escritas, não em tinta nem papel, nem em tábuas de pedra, mas em um coração de carne. Cada cristão deve se tornar uma carta viva de Cristo para o mundo. Uma carta ora de amor, ora de exortação, ora de desafio, ora de repúdio. O que estão fazendo com o povo de Deus? O que estão fazendo com as pessoas? Que ministério hoje tem esta consciência? Não é p

As características de um discípulo de Cristo

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J esus, nos evangelhos, nos ensina características que um discípulo deve deve ter. Muitos de nós somos religiosos, mas não discípulos. Precisamos ficar atentos em relação a isso. Seguem algumas das características de um discípulo conforme ensinado no evangelho: 1 - Um discípulo tem que ter como modelo o seu mestre: O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre. Lucas 6:40 . Ou seja, tem que ter como modelo a vida de Jesus para a sua vida. Somos todos desafiados a buscar a perfeição para sermos como o nosso Mestre. 2 - Um discípulo tem que carregar a sua cruz: E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo. Lucas 14:27 . Levar a cruz é uma vida de santidade sacrificial e renúncia diante deste mundo. A cruz também é símbolo de mútua rejeição entre o mundo e o discípulo. 3 - O discípulo é alguém que renunciou tudo por amor a Cristo: Assim, pois, qualquer de vós, que não renuncia a tudo quan

O ensino de Jesus sobre riqueza e pobreza.

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S erá que aquilo que os cristãos pensam acerca de riqueza e pobreza tem a ver com aquilo que Cristo realmente ensinou? Senão vejamos. Jesus ensinou que ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro: Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom. Mateus 6:24 .  Nesta perspectiva todo aquele que se dedicar a ganhar muito dinheiro estará desprezando a Deus. Jesus disse que é loucura buscar ter muitos bens neste mundo mas não ser rico para com Deus: E propôs-lhe uma parábola, dizendo: A herdade de um homem rico tinha produzido com abundância; E arrazoava ele entre si, dizendo: Que farei? Não tenho onde recolher os meus frutos.  E disse: Farei isto: Derrubarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens;  E direi a minha alma: Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e

O ensino de Jesus contra o desperdício de nossas próprias vidas

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S e não quisermos desperdiçar nossas vidas, temos que ficar muito atentos aos ensinamentos do nosso Senhor Jesus Cristo. Quais as características daqueles que têm desperdiçado suas próprias vidas, na perspectiva dos ensinos do nosso Mestre? 1 – Desperdiçam a vida aqueles que deixam de brilhar e salgar : Mateus 5.13 “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a se tornar insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens ”. Triste coisa a vida de quem se desviou das sãs palavras. 2 – Desperdiçaram a vida aqueles que viveram uma religião farisaica : Mateus 5.20 – “Porque vos digo, se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrarão no reino dos céus ”. Era uma justiça meramente exterior, sem amor, sem substância, somente de aparência. 3 – Desperdiçam a vida aqueles que dão vazão à própria ira : Mateus 5.22 “Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra o seu irmão estará su

O "Deus do Antigo" e o "Deus do Novo" Testamento

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S éculos depois de Marcião (meste considerado herege pela igreja primitiva) ainda há muitos que entendem que o Deus do Antigo Testamento é um Deus mau, ruim, diferente, segundo eles, do Deus de amor preconizado por Jesus. Isso porque houve ocasiões em que Deus, no Antigo Testamento, matou, executou coisas, segundo eles, tenebrosas para um Deus de amor, por  isso, rejeitam este "Deus judeu". Particularmente, entendo que, nem a história da Igreja, nem uma análise das próprias Escrituras, autorizam este tipo de constatação. Muitos exemplos poderiam ser mencionados. Por exemplo, no livro de Levítico, temos o relato da história de Nadabe e Abiú, que trouxeram fogo estranho para o altar, e por conta disso, foram consumidos por Deus (Levítico 10.1-7). No Novo Testamento, temos o relato da história de Ananias e Safira, que morreram pelo fato de terem mentido ao Espírito Santo (Atos 5.1-11). Ora, mas não se trata do Espírito de amor tão preconizado por Jesus? Sim, certamente,

As características de um verdadeiro adorador

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"Por volta da meia noite, Paulo e Silas cantavam louvores a Deus, e os demais companheiros da prisão escutavam" (Atos 16.25). Não havia palco, nem cachê. Não havia mídia, nem tevê. O que havia eram dois homens em missão (o contexto era da segunda viagem missionária). Por isso, a primeira característica de um verdadeiro adorador é que ele sabe que está em missão para Deus . Não canta pra si próprio, nem para obter vantagens pessoais. Canta com a intenção de evangelizar, para a proclamação. Canta para a glória de Deus. Assim também nós, enquanto igreja, temos que ter a consciência de que alguém só é adorador de verdade se estiver em missão para com Deus, se estiver envolvido na grande obra de fazer discípulos de todas as nações. Cada cristão deve fazer do ganhar almas o grande objetivo de sua vida (Finney). Eles estão na prisão porque expulsaram um demônio adivinhador da vida de uma moça, e que acabava dando muito lucro aos seus senhores. Se você  notar bem, est

Aprendendo a evangelizar com Jesus

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A s Escrituras Sagradas nos dão o privilégio de termos em nossas mãos uma narrativa em que Jesus nos ensina a evangelizarmos com o próprio Jesus. O Filho de Deus encarnado nos deixou princípios muito bonitos de como compartilhar, coração a coração, a sua Palavra, e faríamos bem em aprender. Todos os princípios aqui expostos estão embasados no Evangelho segundo São João, Cap. 4 . Cuida-se da conhecida narrativa entre Jesus e a mulher samaritana. Será uma postagem um pouco longa, mas creio que vale a pena meditarmos nela. Jesus nos ensina, em primeiro lugar,  a termos uma postura humilde . Ele se aproximou daquela mulher e lhe pediu água para beber (v. 7). Ora, era impensável que um homem, judeu, fizesse tal pedido a uma mulher samaritana. Nosso Senhor mostrou fragilidade, vulnerabilidade, humildade. Foi um modo de aproximação. Assim também nós, quando comunicamos o evangelho, não podemos nos achegar como seres superiores, arrogantes, colocando o outro em posição de inferioridad

Do cuidado com as más alianças

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A s Escrituras Sagradas nos dão algumas histórias muito interessantes em que podemos extrair tremendas lições para as nossas vidas. Uma destas histórias é a do rei Asa. Eu já fiz uma meditação acerca da vida dele que você pode ler clicando aqui . O rei Asa foi alguém que começou muito bem sua carreira. No início, ele foi muito fiel a Deus, fez grandes reformas em Judá, e até levou o seu povo a fazer aliança com Deus: "Entraram em aliança de buscar o Senhor, Deus de seus pais, de todo o coração e de toda a alma" (2 Cr 15.12). Ele também venceu muitas guerras e batalhas, e em todas eles, sempre confiou no Senhor, que lhe deu vitória (2 Cron 15.8). Entretanto, ele cometeu um erro estratégico. Sabemos pela história que o reino do norte (Israel) e o reino do sul (Judá) estavam separados desde o fim do reinado de Salomão. Asa reinava no sul, e Baasa, no norte. O norte mantinha aliança com o rei da Síria, mas Asa retirou os tesouros da casa do Senhor e do pa

É o arminianismo antropocêntrico?

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O arminianismo ficou conhecido como o conceito teológico que não aceita o dogma calvinista de que Deus predestinou os eleitos para a salvação e deixou que todos os demais seguissem o seu curso natural para a perdição. Ou seja, os arminianos creem que é possível rejeitar a graça de Deus, que a eleição é um conceito mais corporativo que individual, e que o amor de Deus é para todos, e não somente para um grupo de eleitos. A acusação então que se faz contra a teologia arminiana é que ela é antropocêntrica, ou seja, centrada no homem, pois é este em última instância que "decidirá" se será salvo ou não. De fato, o arminianismo confere alguma participação humana no que concerne a salvação, daí, muitos o acusarem de semi-pelagianismo (acusação esta que discordamos, pois tal concepção indica que primeiro o homem tem que dar "um passo para Deus" para que este possa vir ao seu encontro, e Armínio nunca ensinou isso). Mas daí a dizer que o arminianismo é antrop

Vidas desperdiçadas: Nadabe e Abiú

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A s Escrituras Sagradas nos trazem exemplos de pessoas que desperdiçaram suas vidas, das quais podemos ter algo a aprender. Dois exemplos de pessoas assim foram os filhos de Arão, Nadabe e Abiú (Números 26.60). Arão era irmão de Moisés e Sumo Sacerdote de Israel. Seus dois filhos mencionados faziam parte neste que era o ministério de maior honra entre o povo de Deus. Para se ter uma ideia da importância que aqueles dois poderiam ter tido em Israel, basta lermos, por exemplo, Êxodo 24, em que Deus os convoca para uma importante reunião para selar a aliança com o seu povo: "Disse também Deus a Moisés: Sobe ao Senhor, tu, e Arão, e Nadabe e Abiú , e setenta dos anciãos de Israel e adorai de longe". Vejam que o nome dos dois são mencionados logo após os de Moisés e de Arão, e antes dos setenta anciãos, que representavam a totalidade do povo. Eles tinham um grande futuro pela frente como sucessores de seu pai e tio! Em outra ocasião, eles são instituídos pelo

Sobre projeto de lei que proíbe a presença de homossexuais em cultos religiosos

Há um projeto que do Deputado Feliciano que pretende vetar a presença de pessoas homoafetivas em templos religiosos que vedam a prática da conduta homossexual. Uma das matérias a respeito deste assunto pode ser lida clicando-se aqui . Não sei o teor do projeto, mas, pela forma como está sendo colocada, não será bom, ao que parece, para a comunidade evangélica de modo geral. Será, em minha opinião, mais um desgaste à imagem dos evangélicos na sociedade. Uma religião não precisa, em minha opinião, de autorização legislativa do estado para poder fixar determinadas regras. Se uma determinada religião proíbe o casamento de seus clérigos, não precisa de autorização estatal para tanto. Se ela proíbe que mulheres tenham posição de liderança clerical, também não precisa. Se ela não casa divorciados, tampouco. Agora, uma lei que proíba a mera presença de alguém em um templo religioso por conta de sua conduta, creio, pode dar ares de segregacionismo, o que não é nada bom. Um projeto dess

A fraqueza de Arão

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A rão era da tribo de Levi, o primeiro sacerdote de Israel e irmão de Moisés. Ou seja, um grande personagem bíblico, e alguém de grandiosíssima importância para os judeus, cristãos, e todos quantos reverenciam as Sagradas Escrituras.  Entretanto, embora Arão tenha toda esta importância nas Escrituras Sagradas e na história do povo de Deus, ele cometeu alguns erros em sua caminhada, como líder sacerdotal que todos os que militam na liderança de alguma organização, eclesiástica ou não, deveriam se atentar. Uma primeira ocasião que podemos vislumbrar a "fraqueza de Arão" foi quando Moisés havia subido ao monte para receber a lei do Senhor. O povo viu que Moisés demorava para descer, e pressionou Arão a que construísse um bezerro fundido a ouro. Incrivelmente, este aparentemente não apresentou nenhuma resistência ao povo, de modo que fez o referido bezerro. Quando foi confrontado por Moisés, acabou por oferecer a mais esfarrapada desculpa descrita nas Sagradas Escri

Confirma, Senhor, a obra de nossas mãos

"Seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; confirma sobre nós as obras de nossas mãos, sim, confirma a obra de nossas mãos" (Salmo 90.17). Não existe maior alegria do que ter confirmada por Deus a obra de nossas mãos. Esta foi a oração do salmista, que antes disso, neste mesmo salmo, havia pedido a saciedade concedida por Deus desde a manhã (v. 14) e sabedoria para contar os dias (v. 12). Como poderemos saber se o Senhor tem confirmado as obras de nossas mãos? Parece uma resposta um pouco simples, mas acredito que é quando tudo começa a transcorrer de maneira boa, pacífica, agradável na presença d'Ele, ainda que com muitas dificuldades. Houve uma ocasião em que Paulo e Silas tentaram pregar, com muita boa vontade, em determinada região, mas foram impedidos pelo Espírito Santo (Atos 16.6-7). Entretanto, depois Paulo teve uma visão, de um homem macedônio que pedia para que eles fossem à Macedônia (Atos 16.10). As Escrituras nos dizem que Paulo e Silas co

A verdadeira experiência com Deus

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Q uais são as verdadeiras características de alguém que teve uma experiência real de Deus? Meditando no texto de Isaías 6 , podemos ver algumas características de alguém que teve um encontro real com Deus. Primeiramente ele teve um vislumbre da soberania e da santidade de Deus. Ele disse que viu o Senhor "assentado em um alto e sublime trono" (v. 1) e que os anjos ao redor do trono clamavam uns para os outros dizendo "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos. Ou seja, Isaías recebeu uma real percepção de que o Senhor é o verdadeiro governante do Universo, e de que este mesmo Senhor é três vezes Santo (revelação da Trindade no Antigo Testamento). Tão Santo a ponto dos serafins, membros de uma superior ordem angelical, sentirem vergonha de estarem diante do trono, tendo em vista que cobriam os seus rostos e os seus pés. Assim também, hoje em dia, quem diz ter tido uma real experiência de Deus, deve ter esta percepção da soberania e da santidade de Deus, s

A fé corajosa de Edith Stein

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"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente o de crerdes nele". (Filipenses 1.29). Ela era judia alemã, e desde cedo foi educada na lei de Moisés. Entretanto, desde jovem, aderiu à filosofia, ao ceticismo, e a um ateísmo prático, tornando-se inclusive, assistente de um importante professor de filosofia, Edmund Husserl. Era uma estudiosa muito competente, e desde cedo passou a se destacar na universidade. Um fato da vida a tocou profundamente. Seu amigo Reinach, também estudioso de filosofia, veio a falecer, e ela ficou impressionada com o exemplo de esperança e alegria de sua esposa. Isso foi o despertar de uma conversão. Em certa ocasião, o casal Conrad-Martius, que pertenciam ao protestantismo hospedou Edith. Foi quando ela encontrou na biblioteca do referido casal as obras de santa Tereza d'Ávila. Ao ler "Vida de santa  Teresa D'Ávila" foi profundamente tocada, e entendeu que finalmente conhecera a verd

Teologia da Espiritualidade: o tratamento das paixões III - A cobiça e a ira

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A postagem anterior, em que discorremos acerca da pornea, pode ser lida aqui . A Philarguria (cobiça, avareza), diferente da gula e da luxúria, nasce “de fora para dentro”, no sentido que de não se trata de uma necessidade fisiológica do ser humano (comida e sexo).  A cultura humana é geralmente baseada na cobiça, que gera o acúmulo e a avareza. Para Cassiano, a avareza está demonstrada quando surge no monge o desejo de multiplicar dinheiro. Logo, ele fica insatisfeito com a vida monástica, se torna bastante crítico, e quer arrumar uma desculpa para abandonar o mosteiro (será que podemos ver um paralelo aqui com a vida de alguns irmãos que desejam abandonar a igreja, o ministério, e começam a se tornarem críticos com tudo e com todos?).  São Bento ensinava que a propriedade privada era um vício. Resistir era uma luta mental, e o monge deveria se contentar com aquilo que o mosteiro oferece, sendo que o abade deveria providenciar o necessário para cada qual. Hoje, a cultura