Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2017

Deve existir um local sagrado para os evangélicos?

Imagem
Recentemente houve uma polêmica em um município de Santarém, referente a realização do carnaval em um local conhecido como “Praça da Bíblia”. Cuida-se de uma localidade em que aparentemente são realizados cultos evangélicos, e talvez outras atividades que o Conselho de Pastores local denominou de culturais. Se as publicações que relataram o assunto forem fidedignas, cuida-se de um local em que os evangélicos consideram sagrado, de modo que os pastores locais protestaram contra a realização da festa carnavalesca naquela localidade. Particularmente, não tenho o condão de desrespeitar eventuais sentimentos das pessoas envolvidas, mormente porque, ao que parece, se entendi direito, o povo evangélico ajudou a reformar a dita praça. Entretanto, não me parece lógico, do ponto de vista do nosso atual modelo jurídico e político, separar um local público e proibir atividades que não sejam de cunho de determinada religião. Existe um sistema jurídico em que entidades privadas, após a

Smartphones deveriam ser produzidos pelo Estado?

Imagem
É comum, no metrô, trens, ruas, pontos de ônibus, ver as pessoas carregando seus telefones celulares. São pessoas de todos os níveis sociais. Mesmo as mais humildes conseguem ter o seu aparelho (ainda que não seja tão barato assim). Agora, imagine se o estado começasse a produzir "smartphones", e considerasse a posse de tal aparelho como um direito de cada cidadão. Ou seja, o estado passaria a utilizar parte da sua receita para produzir o dito aparelho um para cada um de nós.  O aparelho teria que ser igual para todos, pois não poderia violar o princípio da isonomia (igualdade), a não ser que diferenciasse por idade, atividade, coisas do tipo. É muito provável que parte da população não viria a se contentar com tal aparelho fornecido pelo estado, e quisesse um de melhor qualidade, tendo que se socorrer da iniciativa privada. Diante de tal quadro, as empresas privadas que produzissem tal tipo de aparelho teriam que fazer com uma qualidade melhor que os produzid

A tributação das igrejas

Imagem
Historicamente, as igrejas construíram creches, escolas, orfanatos, universidades, hospitais, entre outras entidades de benefício social. São religiosos que abrem, em boa parte, casas de acolhimento para ajudar viciados, moradores de rua, entre outras situações. São também as pequenas igrejas que se encontram na periferia, frente a frente, com a situação dos mais marginalizados da sociedade. A grande maioria dos membros das igrejas é composta de pessoas humildes. No convívio eclesiástico pessoas são ajudadas em seus embates sociais, e isso entra muito pouco nas estatísticas e contabilidades oficiais. Por conta dessas e outras evidências, ninguém parecia questionar muito a questão da isenção tributária das religiões, enquanto entidades de interesse social. Entretanto, após notícias em série de “espetaculações” da fé, enriquecimento desmedido de determinados líderes, um grupo declarado de ateus, de maneira bem inteligente e convincente (muito provavelmente mais à esquerda do