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Mostrando postagens de fevereiro, 2016

O cristão e a política

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E is aí uma pergunta muito difícil para ser respondida em somente uma breve postagem: qual deve ser o envolvimento de um cristão com a política? Vamos tentar pelo menos elucidar a questão de maneira simples para, talvez, em outra oportunidade, pensar mais a respeito do tema. Pensemos em pelo menos duas posições extremas. A primeira diz respeito a que todas as coisas devem ser feitas para a glória de Deus, em todas as esferas da vida, inclusive a política . Tudo deve ser conquistado para Deus. Tem sido esta a posição da chamada cristandade durante os séculos, seja católica ou protestante. Um governo cristão, em um estado cristão, é o ideal, segundo tal ponto de vista. Estado e Igreja, embora entidades diferentes, estão unidas no mesmo propósito, que é glorificar a Deus. Católicos romanos, calvinistas, luteranos viveram esta forma de cristianismo por algum tempo, conhecido também como sistema constantiniano (por conta do Imperador Constantino, que legalizou o cristianismo

Hebreus e muçulmanos mataram em nome de Deus. Há alguma diferença?

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N ão sou especialista no assunto, mas enxergo uma certa diferença entre os antigos hebreus, do antigo testamento, e os muçulmanos. Veja. Os antigos hebreus também mataram em nome de Deus, conforme podemos ver consultando o antigo testamento. Foi o que fizeram muitos antigos guerreiros muçulmanos. Mataram em nome de Alá. Entretanto, há uma diferença. Os hebreus tinham uma terra especifica . E só. Não era uma religião universalista, no sentido de querer conquistar o mundo inteiro. Em nenhum momento foram imperialistas. Nunca quiseram impor uma teocracia para o mundo todo. Os judeus, em terra estranha, na dispersão, tinham o conceito de que se deveria obedecer a lei local. Entretanto, para os muçulmanos, a "terra específica" é o mundo inteiro . Eles são ordenados a conquistar o mundo inteiro para Alá. Em princípio, isso deveria ser feito por meio das batalhas (embora não precisasse ser o único método). O islamismo se espalhou rapidamente assim

Quem veio primeiro: A Igreja ou as Escrituras?

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U ma das perguntas mais interessantes na teologia é: as Escrituras geram a igreja, ou a igreja é gerada pelas Escrituras? De um lado, temos o posicionamento dos católicos. Eles dizem que é a Igreja que determina o que é ou não a Bíblia. De outro lado, estão os protestantes, que dizem que na verdade, são as Escrituras Sagradas que geram a igreja. Vamos analisar um pouco dos dois argumentos. A igreja gera as Escrituras : havia muitos escritos que reivindicavam para si a inspiração divina. Foi preciso um longo tempo de reflexão por parte da igreja, geralmente realizada por seus líderes para definir o que era ou não inspirado. Uma vez que a igreja definiu o que era ou não sagrado, fim de papo. Isso foi feito pelos líderes sucessores dos apóstolos, com o auxílio do Espírito Santo. As Escrituras geram a igreja : ora, o antigo testamento já existia antes de existir igreja cristã. Jesus e os apóstolos alicerçaram sua pregação com base no antigo testamento. Assim, a igreja foi

E Jesus chorou...

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“Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou” (Lucas 19.41). Jesus estava entrando em Jerusalém e sendo recebido com uma verdadeira festa pelos discípulos e pelas multidões. Cuidava-se da sua entrada triunfal naquela cidade. Ocasião em que muitos comemoram como o Domingo de Ramos. Todos gritavam: “Bendito o que vem em nome do Senhor”! Os fariseus se escandalizavam e pediam para Jesus repreender os discípulos, sendo que o Senhor respondeu: “se eles se calarem, as próprias pedras clamarão”! Entretanto, mesmo em meio à tal festa e recepção, quando olha para a cidade, Jesus chora. Chora porque Jerusalém não reconheceu o dia da sua visitação. Não reconheceu o dia em que o Filho de Deus esteve presente para os seus. Chora porque vislumbrou o que iria ocorrer com aquela cidade. Ela seria destruída, vindo sobre ela dias em que seria sitiada e dominada pelos inimigos. Jerusalém era uma cidade muito distante daquilo que Deus queria para ela. Era uma cidade injusta

E não endureçais os vossos corações (Hebreus 3.7-13)

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“...não endureçais os vossos corações...” (Hebreus 3.7-13) Não sabemos com certeza quem escreveu as cartas aos hebreus. É muito provável que alguns daquela comunidade pensavam em se desviar, talvez voltar para o judaísmo. Por isso o autor da carta, entre outras coisas, procura estabelecer a superioridade de Cristo sobre o sacerdócio levítico e exortar os seus leitores para que não se desviem. Da leitura de Hebreus 3.7-13, nós podemos aprender algumas lições: Primeiramente, que o Espírito Santo tem uma voz que pode ser ouvida . Conforme está escrito: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz” (Hb 3.7). O Espírito Santo foi dado para “convencer o mundo” do pecado, da justiça e do juízo. Ele está no mundo, usando os pregadores do evangelho para levar o povo ao arrependimento. Entretanto, é possível endurecer os corações, pois o autor de Hebreus adverte: “não endureçais os vossos corações” (Hb 3.8). Ora, é plenamente possível uma