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Mostrando postagens de novembro, 2016

O dia da mulher evangélica

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O governador Geraldo Alckmin sancionou o dia da Mulher Cristã Evangélica no Estado (sim, no estado todo) de São Paulo. A autoria do projeto de lei foi do deputado Adilson Rossi (PSB). Não vai virar feriado. É uma homenagem em reconhecimento da importância das mulheres evangélicas para a família, igreja e sociedade. É claro que reconheço tal importância, entretanto, penso em alguns motivos para que não existisse esse tipo de lei: 1 – Se criarmos o dia da mulher evangélica, o que impede de criarmos o dia da mulher católica, budista, espírita, muçulmana, ateia, agnóstica, entre outras? Porque diferenciar um tipo das demais? TODA e QUALQUER mulher, que for boa cidadã, tem incalculável importância para a sociedade, enfim. 2 – Mais uma vez a mistura da religião com a laicidade do estado, que a meu ver, deve ser evitada. Existem inúmeras religiões hoje. Iremos criar uma lei para cada qual? 3 – Acredito que isso possa ofender um pouco o sentimento das minorias. Se eu fosse um

O conflito católico/protestante pode ser considerado sempre ruim para o cristianismo?

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Não temos dúvida de que guerras por motivos religiosos sempre trazem um grande flagelo, como a conhecida guerra dos trinta anos (que não era, diga-se de passagem, somente religiosa). Após a Reforma Protestante, e os conflitos que daí se seguiram, a maior parte dos países se dividiu também religiosamente, entre católicos e protestantes. Séculos depois de tais acontecimentos, seguiu-se um grande esfriamento da religião. Por exemplo, ninguém pode negar que a religião católica na Espanha, Portugal, França e Itália está em franco processo de decadência . Também na Inglaterra, Holanda, países nórdicos, predominantemente protestantes em sua história, as igrejas estão fechando as portas . Qual seria o motivo de tanto esfriamento da religião na Europa? Claro que, em um primeiro momento, os livros irão nos ensinar que, após o renascimento, reforma e iluminismo, o velho continente entrou em um processo de laicização impossível de retroceder. Entretanto, gostaria de acrescen

Lidando com o argumento "ad hominem"

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Digamos que um ateu e um crente estejam empreendendo a seguinte discussão: Ateu : particularmente, entendo que não há bases sólidas para se crer em Deus. Não é possível provar empiricamente a sua existência. O ônus da prova cabe a quem alega. Crente : você não passa de um incrédulo, irracional, bobalhão! Ou então, o contrário: Crente : particularmente, entendo que há mais bases para crer do que para ser incrédulo. Primeiramente, precisamos verificar que nada surgiu do nada nesse mundo. Tudo é derivado de uma causa primeira. Ateu : você não passa de um cego, que tenta impor sua cegueira para todo o mundo! Fanático! Ou então uma conversa de cunho mais político entre o João e o Marquinho: João : sou favorável a um estado mais interventor, a fim de que possa socorrer aqueles que são materialmente desprovidos. Marquinho : seu petralha, comunista! E assim sucessivamente... O que podemos notar em comum em todos esses diálogos? É que o segundo dialoga

A fidelidade de Deus na vida do patriarca Abraão

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Leitura: Gênesis 12.1-20 O texto nos narra o chamado de Abrão, sua peregrinação e desvio para o Egito, quando mente, entregando sua mulher para Faraó, a fim de preservar a sua própria vida. Quais lições podemos aprender com esse texto? 1 – O chamado de Abrão foi um chamado para a renúncia : lhe foi dito que deixasse sua terra, sua parentela e a casa de seus pais, e que fosse para uma terra que lhe seria anunciada. Assim também, na vida cristã, somos chamados a renunciar a tudo o quanto temos para seguir o Mestre (Lc 14.33). Muitas vezes o chamado envolve realmente em deixar fisicamente muitas coisas para trás. Mas na maioria das vezes, realmente é uma questão de mudança de prioridades. Nossa prioridade agora é a vontade de Deus para nossas vidas. 2 – O servo chamado de Deus deve construir altares em sua caminhada . Abrão construía altares por onde quer que passava (vers. 7,8). Assim também, em nossa caminhada, procuramos estabelecer momentos de comunhão e intimidade