Lidando com o argumento "ad hominem"


Digamos que um ateu e um crente estejam empreendendo a seguinte discussão:

Ateu: particularmente, entendo que não há bases sólidas para se crer em Deus. Não é possível provar empiricamente a sua existência. O ônus da prova cabe a quem alega.

Crente: você não passa de um incrédulo, irracional, bobalhão!

Ou então, o contrário:

Crente: particularmente, entendo que há mais bases para crer do que para ser incrédulo. Primeiramente, precisamos verificar que nada surgiu do nada nesse mundo. Tudo é derivado de uma causa primeira.

Ateu: você não passa de um cego, que tenta impor sua cegueira para todo o mundo! Fanático!

Ou então uma conversa de cunho mais político entre o João e o Marquinho:

João: sou favorável a um estado mais interventor, a fim de que possa socorrer aqueles que são materialmente desprovidos.

Marquinho: seu petralha, comunista!

E assim sucessivamente...

O que podemos notar em comum em todos esses diálogos? É que o segundo dialogante não debate a ideia do primeiro, e sim faz um ataque à sua pessoa.

Esse é o famoso argumento “ad hominem”, em que se desvia do assunto para atacar a pessoa.

Como lidar com esse tipo de argumento?

Dou uma sugestão.

Na primeira vez que te xingarem, você não revida, e procura mostrar educadamente para a pessoa que não é você que está em discussão, mas sim o assunto abordado.

Se ainda assim persistir, se tal pessoa continuar ofendendo você, sugiro que você bloquei o perfil dela. “Se afaste”, por assim dizer.

Entretanto, se já da primeira vez a pessoa te atacar com grosseria e radicalidade, talvez seja melhor romper ali mesmo. Não será de grande valia manter o contato com alguém que já parte para as ofensas pessoais assim logo de cara, sem te conhecer. Se ela faz assim em um primeiro contato, o que poderia fazer depois? Geralmente esse tipo de conversa não leva a lugar algum. Ao servo do Senhor não convém contender, mas ser apto para ensinar, brando para com todos e paciente.

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