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Mostrando postagens de novembro, 2009

Sejam meus imitadores como eu sou de Cristo

"Sede meus imitadores como eu sou de Cristo" (Paulo aos Coríntios, Cap. 11, ver.1) Paulo, quando escreve aos coríntios, exorta seus leitores a que sejam seus imitadores. Ocorre que os cristãos contemporâneos cometem dois atos de abuso em relação a esta passagem. Em primeiro lugar, este versículo é abusado por aqueles que o ignoram completamente. Vocês já devem ter ouvido falar daqueles que ensinam seu povo a dizerem: "não olhe para vida de homens, mas somente para Cristo, somente para Deus"! Certamente não têm mal intenção ao dizerem isso. É que o estado de coisas na igreja está tão ruim, que não é difícil um novo convertido se escandalizar com a vida que muitos têm levado. Aí, abstratamente, dizemos: olhem para Cristo, não olhem para os crentes! Mas ao fazermos isso, ignoramos completamente o sentido do discipulado cristão, visto que Paulo colocava-se, ele mesmo, como paradigma de modelo daquilo que ensinava. Entretanto, há o outro extremo. Há igrejas e movimentos

A difícil questão do divórcio

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“...todo aquele que repudia sua mulher, a não ser por motivo de prostituição, faz com que ela ‘adultere’; e aquele que se casa com a repudiada comete adultério...” Eis aqui um texto claríssimo, porém dificílimo sobre os ensinos de Cristo. Claro, porque é evidente que Jesus ensina que seus maridos não devem repudiar suas mulheres, salvo, segundo pensam alguns, uma exceção, e que desaprova também um novo casamento da repudiada, estendendo a qualidade de adultério até mesmo para aquele que ficar com a repudiada. Mas é dificílimo, pois deste texto, e demais do mesmo tema nas Escrituras, tivemos diversas posições diferentes na história. A primeira, que podemos citar, é a católica romana, no sentido de que o casamento é para todo o sempre. Novo casamento, somente com a morte de um dos conjuges. Uma simples proibição, e não se fala mais nisso. Esta respeitável posição tem o mérito de espelhar de modo mais perfeito o casamento como analogia da relação Cristo e Igreja, que deve ser uma re

Calvinismo e Arminianismo - Perspectivas pessoais 2

O problema da doutrina calvinista, a meu ver, é que, parece criar uma contradição insuperável no próprio ser de Deus, fazendo com que o seu modo de agir não se pareça muito com o quadro geral da revelação exposta nas Escrituras Santas. Aprendemos do profeta Ezequiel, por exemplo, que Deus não tem nenhum prazer na morte do ímpio . Muito pelo contrário, Ele quer que o ímpio se converta (Ezequiel 33.11). Há um incessante apelo da parte de Deus para que todos se arrependam. Fazendo coro com esta antiga tradição profética, também o apóstolo Paulo, ao escrever para Timóteo, ensina que Deus deseja que "todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (I Timóteo 2.4) Há muitas passagens similares, das quais eu não gostaria de cansar o nobre leitor. De qualquer modo, o que eu quero dizer, é que, fica complicado, e, no meu sentir, com uma certa dose de incoerência entender que se Deus quer que todos sejam salvos, escolha somente salvar alguns, sendo, em última