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Mostrando postagens de 2015

O fim do cristianismo no Oriente Médio

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Ser um cristão no Oriente Médio não tem sido fácil. Se em 1910 eram aproximadamente 14% da população, hoje não passam de 4%. Após a invasão dos EUA, caiu pela metade o número de cristão no Iraque. Entretanto, o grupo mais perseguido naquela região não é o de cristãos, e sim o de iáziges. Milhares de homens pertencentes a testes grupos foram mortos, e milhares de mulheres feitas de escravas sexuais. Não se pode esquecer também que, mesmo dentre os muçulmanos, há muitos que pagam um alto preço por serem contra a perseguição religiosa. Nos EUA, republicanos e democratas não concordam com o modo como devem tratar a questão da perseguição aos cristãos. Muitos republicanos querem que os refugiados cristãos sejam tratados de maneira privilegiada, mas importantes grupos cristãos não concordam com isso. Além do que, parece ter sido refutada a ideia de que os EUA não estejam recebendo refugiados cristãos. Boa parte dos acontecimentos que envolvem o Oriente Médio, não

A multiplicação de pães e peixes (Marcos 6.30-34)

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O que aprendemos do relato da multiplicação dos pães e peixes operada por Jesus? 1 - Jesus é aquele que muda a agenda para atender os necessitados : 31 E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Vejam que a intenção de Cristo era descansar um pouco, pois não tinham nem tempo parar para comer. Muitas vezes nosso coração faz planos, mas a necessidade das pessoas acabam tendo que ditar a nossa agenda, os nossos planos. Você já precisou mudar alguma vez sua agenda para atender àquele que de ti necessitava? 2 - Jesus é aquele que se desgasta na obra : Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. Qualquer pessoa que se envolve na obra do Senhor sabe que não terá muito tempo para si mesmo, para descanso, para a família, embora todas estas coisas sejam importantes. Mas as demandas são muito grandes. Assim era a vida ministerial de Jesus. Sempre se desgastando pela obra. Voc

O cego de Betsaida (e o de Jericó)

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Meditação em Marcos 8.22-26: E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que o tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois disto, tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos, e o fez olhar para cima: e ele ficou restaurado, e viu a todos claramente. E mandou-o para sua casa, dizendo: Nem entres na aldeia, nem o digas a ninguém na aldeia. Vejamos, resumidamente, algumas lições que podemos depreender de tal leitura: 1)    Algumas pessoas precisam ser levadas até Jesus. Elas não têm iniciativa própria : trouxeram-lhe um cego Foi diferente do cego de Jericó, que começou a gritar: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim! (Marcos 10.46-52, leia também). Ninguém levou o cego de Jericó, Bartimeu, até Jesus. Na verdade, as pessoas até queriam a

Aprendendo a perdoar

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E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores (Mateus 6.12); J esus, no famoso sermão da montanha, ensinou seus discípulos a orar o que ficou sendo conhecida como a “oração do Pai nosso”.  Tal oração é para ser feita por todos os seus seguidores e com certa regularidade. Um dos temas de tal oração é o perdão. E a necessidade de se perdoar se faz presente em todas as esferas do nosso cotidiano. Isso porque, o tempo todo, estamos machucando uns aos outros, nos entristecendo mutuamente. Não é incomum vermos irmãos, amigos, cônjuges, famílias, irmãos em Cristo, e até mesmo nações em conflito uns com os outros porque não conseguem exercer o perdão. Entretanto, o cristão perdoa primeiramente porque sabe que foi perdoado . Quando éramos pecadores, Jesus deu a sua vida para nos salvar (Romanos 5.8). Há uma disposição no coração de Deus para perdoar todos os que se arrependem. Também perdoamos para sermos perdoados . Na continuação de seu ensin

O endemoniado geraseno

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Leitura: Marcos 5.1-20. N a região dos gerasenos (região gentílica), um homem possesso de demônios, e que vivia se ferindo, e ninguém o podia prender, foi ao encontro de Jesus. Jesus expulsou os demônios e os mandou a uma manada de porcos, conforme eles mesmos haviam pedido. Pediram inclusive para não serem expulsos daquele país. O povo ficou atemorizado e pediu para que Jesus saísse da localidade, no que também foram atendidos. O homem curado e liberto quis se tornar seguidor de Jesus, e este o manda testemunhar aos seus familiares. Quais são algumas das lições que podemos aprender com tal relato? I – SOBRE O AGIR DOS DEMÔNIOS 1 – OS DEMÔNIOS LEVAM AS PESSOAS PARA OS SEPULCROS: O qual vivia nos sepulcros... (vers. 3) Sepulcros são lugares de isolamento, solidão, lugares de trevas, onde habitam os mortos. Hoje muitas pessoas vivem em total isolamento, nos sepulcros das ruas, lugares escondidos, longe de todos, pois ali são mais oprimidas pelo diabo. Sepulcro é

Não somos juízes uns dos outros

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J esus não nos ensinou a sermos juízes uns dos outros. Nos ensinou a nos ajudarmos. Já maculados com a marca da divisão, atacamos uns aos outros, muitas vezes em questões secundárias, que não levam à edificação. Maculados muitas vezes pelo orgulho,  com divisões sem fim. Não fostes chamado a ser juiz de seu irmão, e sim guardião dele. Transformá-lo mais pelo exemplo do que pelas palavras. Quando tiver que repreender, vá até ele, só, e diga o que o Espírito te orientou. A reconciliação continua sendo um imperativo em um mundo machucado pela guerra. O que tivermos que lhe dizer, que seja pessoalmente, e com a certeza da causa que estamos a defender. Fomos chamados à paz. Ao servo do Senhor não convém contender. Nem difamar. Nem ofender, a não ser que estejamos muito certos da santidade da causa a que estamos a defender. Brigamos uns com os outros, mas onde encontraremos um verdadeiro espírito comunitário? Você é capaz de mostrar? Onde encontramos a ve

Os crentes e o terreiro

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U m grupo de crentes se reúne para uma vigília. Destas igrejas cujo som, mesmo depois das dez da noite, pode ser ouvido por toda a vizinhança. No meio da vigília eis que surge a ideia: vamos expulsar os demônios deste bairro! Entendem de atravessar a rua e ir em uma casa quase logo a frente, um terreiro. Os crentes se posicionam em frente da propriedade, erguem suas mãos, e começam a proferir palavras de ordem: "fora Satanás, nós te amarramos", "nós te expulsamos", "xuricantalarabás", etc, etc. Uma senhora habita no local. Quase noventa anos. Se sente indignada, passa mal. Tem um ataque cardíaco. Morre no hospital. Alguém disse: a culpa foi do diabo! Qualquer similitude com a realidade, talvez não seja mera coincidência. (...) Não estou aqui a discutir acontecimentos, fatos reais ou não, versões bem ou mal contadas. Digo que já tomei conhecimento de atitudes parecidas com essa em alguns lugares, por parte de

A violência em nome da religião - o que pode evitá-la

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F ico a me perguntar se existe alguma coisa mais insana do que a violência em nome de uma religião. Estupros. assassinatos, espancamentos... estas coisas acontecem no âmbito da existência, mas quando acontecem em nome de Deus... é terrível! Mais chocante ainda quando se diz que tal Deus é clemente e misericordioso... Entretanto, em pleno século XX, é isso que vemos. Hinduístas perseguindo muçulmanos e cristãos. Outros milhões de pessoas querendo impor, ou concordando com a imposição da "sharia" (lei islâmica) ao restante do mundo. Outros, degolando, estuprando, matando em nome de Alá. Evangélicos querendo impor, ainda que pela via institucional, um projeto cristão em estados reconhecidamente laicos (há um projeto que quer alterar a constituição brasileira dizendo que "todo poder emana de Deus"). Estados confessionalmente ateus impondo limites ao direito de alguém crer ou não em determinada religião. E por aí vai... Um dos direitos consagrados do Estado

Os espíritas vos precederão no reino

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E ra uma vez uma casa de recuperação no Estado de São Paulo. Funcionava com grande sacrifício de seu idealizadores. Era grande, alugada, abria suas portas pra gente viciada, moradores de rua, gente necessitada, enfim. Tentava se curar o vício pela fé, pelo esforço pessoal. Casas iguais a esta existiam outras. Funcionavam de portas abertas, tanto para sair, quanto para ficar. Em muitas destas, morava a família de seu idealizadores, e partilhavam uma verdadeira vida comunitária. Alguns dos que nestas casas de repouso se hospedavam recebiam ajuda da família, e ajudavam com os custos. Mas a grande maioria a família já havia abandonado antes de chegarem lá. Ou eles que abandonaram a família, enfim... Em uma destas casas, um de seus líderes era pastor em uma importante denominação. Ele foi em um "culto de missões" em que lhe foi dada a oportunidade de mostrar o seu já conhecido trabalho. Havia umas quinhentas pessoas no culto. Abriram oportunidade para levant

A tristeza de ter que defender aquilo que parece óbvio

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C onversava com um amigo na hora do meu almoço. Dizia a ele que estou lendo o livro "Herege", Editora Cia. das Letras. Contei um pouco do testemunha da autora da obra. Em resumo, disse que ela morou em Meca. Que ela assistia execuções semanais por conta do desrespeito a "sharia". Que as mulheres eram educadas separadamente dos meninos. Que eles recitavam o Alcorão, e quando erravam ou não falavam com  convicção, apanhavam na boca. Também contei a ele do deslumbramento que a autora sentiu quando foi acolhida como exilada na Holanda. Como ela ficou encantada em ver que não havia execuções públicas. Que crianças não eram educadas com violência. Em saber que as mulheres podiam sair sozinhas de casa, trabalhar, estudar, e que não eram obrigadas a aceitar o espancamento dos seus maridos. Disse acerca da defesa que ela começou a fazer dos valores liberais, e do risco do islamismo aplicado.  Curioso que o meu amigo não pareceu se sentir sensibilizado com a situação sof

Da necessidade de valorização de direitos historicamente conquistados

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M uitos podem considerar como coisa natural os direitos liberais como a liberdade de expressão, liberdade religiosa, voto universal, igualdade entre homens e mulheres, e muitas outras. Ou seja, consideram tais direitos como a coisa mais natural do mundo, como se fosse algo praticamente “dado” pela natureza. Ocorre que boa parte da história, a humanidade não viveu estes direitos. E boa parte da humanidade hoje não usufrui deles, como sociedades comunistas e islâmicas. Em sociedades comunistas, por exemplo, não há direito a discordar do governante. Em islâmicas, há uma lei religiosa, a “sharia” que rege a vida de todos os seus súditos. E há milhões de pessoas que acham que tais direitos liberais são absurdos, e que gostaria que fosse aplicada a lei de seu deus. Por isso, tais direitos, ainda que muitas vezes formais, não podem cessar de serem ensinados e defendidos em nossas escolas. Não podemos recuar, nem um milímetro sequer. É preciso estar vigilante quanto a tendências que p