A multiplicação de pães e peixes (Marcos 6.30-34)
O que aprendemos do relato da multiplicação dos pães e peixes operada por Jesus?
1 - Jesus é aquele que muda a agenda para atender os necessitados:
31 E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco.
Vejam que a intenção de Cristo era descansar um pouco, pois não tinham nem tempo parar para comer.
Muitas vezes nosso coração faz planos, mas a necessidade das pessoas acabam tendo que ditar a nossa agenda, os nossos planos.
Você já precisou mudar alguma vez sua agenda para atender àquele que de ti necessitava?
2 - Jesus é aquele que se desgasta na obra:
Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer.
Qualquer pessoa que se envolve na obra do Senhor sabe que não terá muito tempo para si mesmo, para descanso, para a família, embora todas estas coisas sejam importantes. Mas as demandas são muito grandes. Assim era a vida ministerial de Jesus. Sempre se desgastando pela obra.
Você tem se desgastado na obra do Senhor?
3 - Jesus é aquele que é reconhecido como alguém que verdadeiramente pode ajudar:
33 E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram
Assim também um servo do Senhor tem que ser conhecido como alguém que pode fazer alguma coisa para aliviar o sofrimento humano.
As pessoas conhecem você como alguém que verdadeiramente pode ajudar?
4 - Jesus é aquele cuja marca do ministério é a compaixão:
34 E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas.
Compaixão é sofrer junto com alguém. Isso motivava o trabalho de Jesus. E o que é interessante é que essa compaixão se manifestou em ensino. Logo, percebemos que ensinar a Palavra do Senhor é também um ato de compaixão, pois a maior parte das pessoas padecem por falta de conhecimento de Deus. A ação principal de Jesus aqui não foi multiplicar pães e peixes, ou realizar milagres sobrenaturais. Foi ensinar.
5 - Jesus é aquele que desafia os discípulos a resolverem questões bastante difíceis:
37 Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer.
Os discípulos bem que tentaram dispensar a multidão faminta. Mas Jesus, além de não deixar, determinou que eles mesmos dessem de comer aos milhares ali presentes. Uma missão humanamente impossível levando-se em consideração os poucos recursos disponíveis ali naquele momento.
Mas uma coisa podemos ter certeza: se Jesus nos dá uma missão impossível, ele também proverá o modo para o qual possamos realizar o quanto determinou.
6 - Jesus é aquele que transforma uma multidão em grupos organizados:
40 E assentaram-se repartidos de cem em cem, e de cinqüenta em cinqüenta.
A multidão em certo sentido é desorganizada, disforme. Cada um passa desapercebido em meio à multidão.
Quando nos organizamos em grupos menores, passamos a nos conhecer, a olharmos uns nos olhos dos outros.
Assim faz o Cristo. Da multidão que o segue, forma grupos menores, para que possamos experimentar a experiência da partilha.
7 - Jesus é aquele que, do pouco, que é o tudo e alguns, abençoa e multiplica para suprir a todos:
41 E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos.
Alguém teve que ceder tudo o quanto tinha para que Jesus multiplicasse.
Há um movimento litúrgico (ação do povo) muito bonito nessa passagem. O povo entrega tudo o que tem para os apóstolos. Estes, levam tudo para o Cristo que abençoa diante do Pai. Cristo devolve os pães para os apóstolos que devolvem tudo para o povo, e ainda sobra.
Neste movimento de partilha não falta para ninguém. Na verdade, sobra. A generosidade sempre multiplica. Talvez você diga no seu coração: eu tenho muito pouco! Não importa! Este pouco que você tem já é o suficiente para Jesus multiplicar e abençoar a multidão. Não retenha nada para você. Vá e dê! Seus talentos, seu tempo, seus recursos. O Senhor há de abençoar, multiplicar e alimentar muitos!
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