A regulamentação dos táxis e a indevida intromissão do estado na vida
Ontem recebemos a notícia de que haverá uma nova regulamentação para a prestação de serviço de táxis na cidade de São Paulo.
Tudo isso começou, salvo melhor juízo, com a ameaça conhecida como Uber.
Conforme sabemos, tal serviço surgiu espontaneamente, do seio da sociedade, com base na criatividade humana para inovar e concorrer. Isso, a princípio, parecia estar oferecendo um trabalho inovador, de melhor qualidade, e mais barato também.
Ocorre que os taxistas já sofriam uma série de dificuldades burocráticas, gastavam muito para poderem ter a licença para trabalhar, e obviamente, não consideraram que era uma concorrência justa (e não era mesmo), logo, apelaram para a proteção do estado (ou seja, o estado causa dependência).
Veja. O próprio estado cria uma situação de dificuldade, atrapalhando, e depois precisa ser acionado para tentar solucionar o problema que criou.
O mesmo que gera a doença é apelado para realizar a cura.
Com tudo isso, quem perde é o consumidor. Todos nós (empreendedores também perdem). O estado monopoliza o serviço, com base no seu controle compulsório. Essa pretensa qualidade só ocorreu por conta da ameaça Uber, mas se o próprio estado impede a concorrência, impede a melhora ulterior do serviço. Triste para a comunidade.
Mas isso ainda talvez não seja o pior.
O pior talvez seja essa intromissão do estado (no caso, a prefeitura) nesta prestação do serviço. Opinar sobre o que o taxista deve vestir, e até mesmo o que deve ou não falar. Isso me parece intromissão demais na vida da pessoa. É o estado querendo ser o patrão de tudo, com sua onipresença, em todas as esferas da existência, inclusive das mais básicas.
Particularmente, não me agrada muito um governo onipresente, ainda que seja sob a desculpa de muito regulamentar e proteger. Alguma regulamentação e proteção talvez seja necessária, mas é preciso ter um limite. Qual limite será esse?
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