A difícil tarefa da exortação

Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado;  Hebreus 3:13

Uma das coisas mais difíceis na vida cristã é exortar alguém. É muito mais fácil continuar seguindo a própria vida, e deixar que o outro aprenda, ou não, as próprias lições.

Exortar não significa obviamente gritar, confrontar, mas sim admoestar com amor, brandura e espírito de mansidão. Exortar, como disse alguém, é "erguer a pessoa até Deus".

Há algumas ocasiões em que a Escritura nos determina a exortar algumas pessoas dura e publicamente, como no caso de presbíteros que vivem no pecado. Paulo disse para exortar na frente de todos, para que os outros temam. Jesus confrontou duramente os escribas e fariseus, publicamente. Também disse palavras dura para Pedro ou outros apóstolos na frente de todos. Cada ocasião determinará um modo de agir. Não existe regra absoluta para as relações humanas, daí a necessidade de uma profunda intuição, ou melhor, da direção do Espírito.

Quando exorto alguém duramente, fico arrebentado. Dói em mim, e fico dias pensando se não exagerei. Quando o faço de forma pública então, meu espírito fica quebrantado e moído. "Ai de quem tocar nas ovelhas do Senhor"! Entretanto, é uma tarefa da qual não podemos nos ausentar, sejamos nós membros comuns ou ministros ordenados. Não temos o direito de levar o pecado do irmão sobre nós. Também não temos o direito de espalhar para todos. Temos que enfrentá-lo diretamente.

Um modo de estamos sendo constantemente exortados, mesmo que indiretamente, é estarmos congregando. A exposição pública da palavra do Senhor já é uma grande exortação, se pregada com seriedade. E isso tem que ser de modo constante, de preferência todos os dias, caso contrário corremos o risco de nosso coração se tornar endurecido. Para tanto, sites, blogs, redes sociais podem ajudar um pouco, mas não podem substituir uma congregação de fato.

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