Justiça e Semelhança

"Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar eu me satisfarei com a tua semelhança" (Salmo 17.15).



É somente na justiça que contemplamos a face de Deus. 

Somente na justiça poderemos ter comunhão com Ele.

A justiça, do ponto de vista das Escrituras, diz respeito àquele que guarda os mandamentos, ou seja, quem guarda os mandamentos é justo.

E é grande a abrangência dos mandamentos na vida cotidiana, desde o relacionamento com Deus (como por exemplo, "não terás outros deuses além de mim"), como também na relação com o próximo (como por exemplo em "não cobrar empréstimos com juros").

Mas se terminasse assim talvez cairíamos somente no puro legalismo.

Isso porque, o salmista diz que irá se satisfazer com a "tua semelhança", ou seja,  com a semelhança à Deus.

Este tema, da semelhança com Deus, perpassa todas as Escrituras, do início até o final. Nós fomos criados à imagem e semelhança de Deus, e o apóstolo João nos diz que, assim como Ele é, nós também o seremos (I João 3.2).

Quando admiramos alguém, queremos tornar imitadores dele. Em nossa adolescência, muitos de nós imitava seu ídolo. Entretanto, não há ninguém mais digno de ser imitado do que o próprio Deus (Efésios 5.1). O fim da vida cristã, então, é a semelhança com Deus. E isso, podemos alcançar pelo exemplo de vida que Cristo nos deixou, e pelo auxílio do Espirito Santo que nos foi legado.

Daí, o cumprimento dos mandamentos não são um fim em si mesmo. Deus é o nosso fim, no sentido de finalidade. E é um caminho infinito, pois o próprio Deus é infinito. A jornada de nossa caminhada enquanto igreja, enquanto povo de Deus é nos tornarmos semelhantes a Ele. Não há outro tema; não há outro objetivo. Quando as igrejas lotam em busca de outro objetivo, que não esse, estão reunidos em vão. A finalidade da vida com Deus é a semelhança a Ele. E é isso, a exemplo do que disse o salmista, que irá satisfazer a nossa alma.

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