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Política nos templos

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fonte da foto:  Pragmatismo político A foto acima é do Pastor Everaldo, com o Eduardo Cunha e o Bolsonaro, em um culto, ou no púlpito da igreja, enfim. Para que não se tenha dúvida de que se tratava de evento religioso: É o que eu sempre digo: duas coisas que não deveriam se misturar em um templo religioso. Política e religião. A longo prazo, isso não costuma trazer benefícios para a imagem da igreja. A luta pelo poder temporal, a corrupção, tudo o mais... Um cristão não deve apenas ser santo, tem que parecer santo... Se quiser fazer política partidária, faça como qualquer outro, vá para o mundo, crie uma carreira política. Mas não use o púlpito para fazer política partidária. Pode ensinar princípios de justiça, amor, paz. Mas não estender as destras da comunhão a nenhum partido, nem candidato, seja lá qual for. O sangue anabatista foi derramado para que a igreja fosse separada do estado. Que ambas as entidades fossem separad...

Ação pastoral em tempos de crise política

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Política é uma coisa muito difícil de ser avaliada, ainda mais no calor das emoções. Estamos vivendo um momento de muita turbulência política. Dentro de uma mesma igreja, de uma mesma comunidade, pessoas com posicionamentos bastante antagônicos. Em muitas comunidades, há pessoas de esquerda e de direita.  Há os que defendem o PT, e há os que o atacam. Nesse momento, precisamos ser muito cautelosos, pois a igreja deve ser uma comunidade que abrigue pessoas de diversas posições. Por isso, temos que tomar o cuidado para não partidarizar a igreja. Caso isso seja feito, estaremos nos fechando para a pluralidade das opiniões. Os crentes podem e devem ter o direito de se manifestar livremente. Mas os pastores precisam estar atentos para que essa briga não cause cisões irremediáveis na comunidade. E mesmo pastores têm que ter a consciência de que, quando se manifestam, o fazem enquanto cidadãos, e não como autoridades religiosas. Daí é bom evitar fazer tais comentá...

Será que é bom que a igreja cresça rápido demais?

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Vivemos em temos de concorrência eclesiástica, por mais desagradável que seja admitir isso. Igrejas competindo para saber quem tem mais membros, mais poder, mais influência na sociedade. Creio ter ouvido falar que há até rádios evangélicas que não tocam o pessoal de outras gravadoras, a não ser que... Bom, vocês sabem! Com tudo isso, muitos pastores são acometidos pela tensão de precisarem que suas igrejas cresçam a qualquer custo.  Querem talvez sair na mídia, ficarem famosos. Coisas do tipo. Começam a pensar vários planos, seja de marketing, seja ministerial. Aderem a diversos tipos de programas de evangelismo e métodos de crescimento. Células. G-12. MDA. E várias misturas disto tudo. Fazem campanhas mirabolantes. Vendem produtos milagrosos e por aí vai. Entretanto, será que já pararam para pensar na palavra em que está escrito que os pastores darão conta da alma de todos os seus liderados (Hebreus 13.17)? Cada um deles. Cada criança, jovem, velho. Cada...

O abalo da amizade por conta de discussões políticas

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Não faz muito tempo coloquei um foto minha no facebook acerca da má situação dos trensem São Paulo, e publiquei meio que querendo ser irônico com a frase “Viva Geraldo”. Rapidamente, mais do que eu imaginava, a foto foi bastante curtida, mas também surgiram comentários raivosos, e até acusação de que eu era petista! Isso demonstra que vivemos tempos bastante complicados nesta questão, praticamente polarizados, em que criticar um dos lados já te faz ser, automaticamente, na visão de alguns, apoiador do outro! Particularmente, entendo que não deveríamos romper nossas amizades por questões políticas. Isso porque a maioria de nós não conhece pessoalmente os políticos que vemos na mídia. Não sabemos se são pessoas boas, educadas, honestas, justas, agradáveis, pois não convivemos com elas. Por outro lado, nossos amigos e colegas, conhecemos pessoalmente. Se há alguma afinidade, alguma amizade, é porque de algum modo já consideramos que vale a pena caminhar um pouco com tal pe...

O que é pneumatologia?

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Pneumatologia é o capítulo da teologia sistemática que estuda a pessoa do Espírito Santo e as suas obras. A palavra é formada pelos termos “pneuma” (vento) e “logos” (discurso). É o estudo sistemático da pessoa do Espírito Santo conforme demonstrado nas Sagradas Escrituras e na tradição cristã. Desde os primórdios da teologia cristã houve muitas controvérsias acerca do que seria o Espírito Santo. Seria tão somente outra forma de nomear a atuação de Deus? Ou algum tipo de força ou energia divina, ou ainda uma pessoa? E, se fosse considerado uma pessoa, seria divina ou não, Criador ou criatura? As primeiras controvérsias da teologia cristã se deram em relação à pessoa de Deus propriamente dito. Mestres gnósticos costumavam ser dualistas e dizer que o mundo tinha sido criado por um deus mal. O Deus bom seria um espírito puro, não se envolvendo com as coisas deste universo. A fim de salvar a humanidade, esse Deus bom deveria realizar várias emanações até se achegar ao nosso at...

O que não pode faltar em uma comunidade cristã?

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Há pelo menos quatro coisas que não podem faltar em nenhuma reunião cristã. A primeira é a “ doutrina dos apóstolos ”. Entendemos por doutrina dos apóstolos todo o seu ensinamento, acerca de Cristo, e alicerçado nas Escrituras. Obviamente, em um primeiro momento, tal doutrina se dava de modo oral, entretanto, alicerçada nos textos do antigo testamento. Por isso, um mestre cristão fará bem caso se fortaleça no entendimento dos textos da antiga aliança. Entretanto, o deverá fazer conforme a doutrina dos apóstolos, que temos registrada suficientemente nos textos do novo testamento. Tal concepção parece simples, mas diante de tantos movimentos que já não creditam a necessária atenção à doutrina, nunca é demais chamar a atenção para esta questão. A segunda é a “ comunhão” . Comunhão significa amizade, amor, relacionamento, compartilhamento. Sempre haverá benefícios em se participar de uma reunião cristã, da Palavra, dos sacramentos. Entretanto, a reunião dos irmãos não deveria ...

Uma singela comparação entre Jesus e Maomé, sem o intuito de ofender

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Sou cristão. Logo, sou parcial em relação a este assunto. Entretanto, não desejo ser desrespeitoso com os adeptos da religião que mais cresce no mundo, e tento também ter algum grau de imparcialidade, afinal, estou tão interessado na verdade quanto qualquer outra pessoa que procura ser honesta nestas questões. De qualquer modo, após dialogar com alguns muçulmanos, tanto pelas redes sociais, quanto pessoalmente, fiquei a meditar o quão diferente foram as vidas dos homens que inspiraram as duas das mais importantes religiões monoteístas do mundo. Parto dos textos considerados sagrados pelas duas religiões, confessando não ser especialista no assunto. Jesus foi um homem pacífico. Não consta que tenha pegado em armas ou matado alguém. Seu ato mais violento foi expulsar os vendilhões do templo. Não consta do texto que bateu em alguém (embora no evento mencionado isso possa ter ocorrido). Nunca forçou ninguém a concordar com ele. Os muçulmanos não acreditam, mas ele foi ...

O cristão e a política

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E is aí uma pergunta muito difícil para ser respondida em somente uma breve postagem: qual deve ser o envolvimento de um cristão com a política? Vamos tentar pelo menos elucidar a questão de maneira simples para, talvez, em outra oportunidade, pensar mais a respeito do tema. Pensemos em pelo menos duas posições extremas. A primeira diz respeito a que todas as coisas devem ser feitas para a glória de Deus, em todas as esferas da vida, inclusive a política . Tudo deve ser conquistado para Deus. Tem sido esta a posição da chamada cristandade durante os séculos, seja católica ou protestante. Um governo cristão, em um estado cristão, é o ideal, segundo tal ponto de vista. Estado e Igreja, embora entidades diferentes, estão unidas no mesmo propósito, que é glorificar a Deus. Católicos romanos, calvinistas, luteranos viveram esta forma de cristianismo por algum tempo, conhecido também como sistema constantiniano (por conta do Imperador Constantino, que legalizou o cristianismo ...

Hebreus e muçulmanos mataram em nome de Deus. Há alguma diferença?

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N ão sou especialista no assunto, mas enxergo uma certa diferença entre os antigos hebreus, do antigo testamento, e os muçulmanos. Veja. Os antigos hebreus também mataram em nome de Deus, conforme podemos ver consultando o antigo testamento. Foi o que fizeram muitos antigos guerreiros muçulmanos. Mataram em nome de Alá. Entretanto, há uma diferença. Os hebreus tinham uma terra especifica . E só. Não era uma religião universalista, no sentido de querer conquistar o mundo inteiro. Em nenhum momento foram imperialistas. Nunca quiseram impor uma teocracia para o mundo todo. Os judeus, em terra estranha, na dispersão, tinham o conceito de que se deveria obedecer a lei local. Entretanto, para os muçulmanos, a "terra específica" é o mundo inteiro . Eles são ordenados a conquistar o mundo inteiro para Alá. Em princípio, isso deveria ser feito por meio das batalhas (embora não precisasse ser o único método). O islamismo se espalhou rapidamente assim...

Quem veio primeiro: A Igreja ou as Escrituras?

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U ma das perguntas mais interessantes na teologia é: as Escrituras geram a igreja, ou a igreja é gerada pelas Escrituras? De um lado, temos o posicionamento dos católicos. Eles dizem que é a Igreja que determina o que é ou não a Bíblia. De outro lado, estão os protestantes, que dizem que na verdade, são as Escrituras Sagradas que geram a igreja. Vamos analisar um pouco dos dois argumentos. A igreja gera as Escrituras : havia muitos escritos que reivindicavam para si a inspiração divina. Foi preciso um longo tempo de reflexão por parte da igreja, geralmente realizada por seus líderes para definir o que era ou não inspirado. Uma vez que a igreja definiu o que era ou não sagrado, fim de papo. Isso foi feito pelos líderes sucessores dos apóstolos, com o auxílio do Espírito Santo. As Escrituras geram a igreja : ora, o antigo testamento já existia antes de existir igreja cristã. Jesus e os apóstolos alicerçaram sua pregação com base no antigo testamento. Assim, a igreja foi ...

E Jesus chorou...

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“Quando ia chegando, vendo a cidade, chorou” (Lucas 19.41). Jesus estava entrando em Jerusalém e sendo recebido com uma verdadeira festa pelos discípulos e pelas multidões. Cuidava-se da sua entrada triunfal naquela cidade. Ocasião em que muitos comemoram como o Domingo de Ramos. Todos gritavam: “Bendito o que vem em nome do Senhor”! Os fariseus se escandalizavam e pediam para Jesus repreender os discípulos, sendo que o Senhor respondeu: “se eles se calarem, as próprias pedras clamarão”! Entretanto, mesmo em meio à tal festa e recepção, quando olha para a cidade, Jesus chora. Chora porque Jerusalém não reconheceu o dia da sua visitação. Não reconheceu o dia em que o Filho de Deus esteve presente para os seus. Chora porque vislumbrou o que iria ocorrer com aquela cidade. Ela seria destruída, vindo sobre ela dias em que seria sitiada e dominada pelos inimigos. Jerusalém era uma cidade muito distante daquilo que Deus queria para ela. Era uma cidade injusta...

E não endureçais os vossos corações (Hebreus 3.7-13)

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“...não endureçais os vossos corações...” (Hebreus 3.7-13) Não sabemos com certeza quem escreveu as cartas aos hebreus. É muito provável que alguns daquela comunidade pensavam em se desviar, talvez voltar para o judaísmo. Por isso o autor da carta, entre outras coisas, procura estabelecer a superioridade de Cristo sobre o sacerdócio levítico e exortar os seus leitores para que não se desviem. Da leitura de Hebreus 3.7-13, nós podemos aprender algumas lições: Primeiramente, que o Espírito Santo tem uma voz que pode ser ouvida . Conforme está escrito: “Assim, pois, como diz o Espírito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz” (Hb 3.7). O Espírito Santo foi dado para “convencer o mundo” do pecado, da justiça e do juízo. Ele está no mundo, usando os pregadores do evangelho para levar o povo ao arrependimento. Entretanto, é possível endurecer os corações, pois o autor de Hebreus adverte: “não endureçais os vossos corações” (Hb 3.8). Ora, é plenamente possível uma ...

Herege - Ayaan HIrsi Ali - Resumo da introdução

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“Herege é o livro escrito por Ayann Hirsi Ali, uma dissidente do islamismo, e foi publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras. Neste livro, ela sustenta que a violência cometida por muitos muçulmanos tem raízes na própria religião islâmica, e não em alguma causa exógena. Em sua introdução, ela subdivide os muçulmanos em três grupos: 1 – Os de Medina: violentos, fundamentalistas; 2 – Os de Meca: querem viver mais pacificamente, a grande maioria, mas que constantemente correm o risco de aderirem ao primeiro tipo; 3 – Os modificados: dos quais ela faz parte, e que desejam reformar o Islã. Ela quer falar principalmente ao segundo grupo, para que possam repensar sua religião. Ela defende que pelo menos cinco pontos de reforma: 1 – A posição de Maomé como semidivino e infalível, juntamente com a interpretação literal do Alcorão, em especial as partes que foram reveladas em Medina. 2 – O investimento em uma vida após a morte em detrimento de uma vi...

Sobre o menino paquistanês que amputou a própria mão

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Era um culto em homenagem ao nascimento de Maomé. O clérigo perguntou: "quem acredita em Maomé"? Os jovens levantaram a mão direita, dizendo que sim. Depois o clérigo pergunto: "quem não acredita nos ensino de Maomé"? Um menino distraído, de quinze anos, levantou sua mão direita, sozinho... Imediatamente, o clérigo apontou para o menino e disse: "Blasfêmia"! Envergonhado, o menino foi para sua casa... Chegando lá, utilizando um aparelho doméstico, amputou sua própria mão... Com tal gesto, ele puniu a si mesmo... Cortou a mão que se levantou contra o seu santo profeta... Mesmo tendo sido por engano, mesmo tendo sido sem querer, ele não se perdoou... Alá não o teria perdoado? Tendo sido por engando, tal ato precisaria mesmo de perdão? Seu gesto foi visto como talvez de bravura, heroísmo, humildade, martírio, pela comunidade muçulmana local, enfim... E ele tem sido saudado pelo gesto cometido... Ah, meu Senhor! Tu, Deus, não ex...