A fé corajosa de Edith Stein
"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo, e não somente o de crerdes nele". (Filipenses 1.29).
Ela era judia alemã, e desde cedo foi educada na lei de Moisés.
Entretanto, desde jovem, aderiu à filosofia, ao ceticismo, e a um ateísmo prático, tornando-se inclusive, assistente de um importante professor de filosofia, Edmund Husserl. Era uma estudiosa muito competente, e desde cedo passou a se destacar na universidade.
Um fato da vida a tocou profundamente. Seu amigo Reinach, também estudioso de filosofia, veio a falecer, e ela ficou impressionada com o exemplo de esperança e alegria de sua esposa. Isso foi o despertar de uma conversão.
Em certa ocasião, o casal Conrad-Martius, que pertenciam ao protestantismo hospedou Edith. Foi quando ela encontrou na biblioteca do referido casal as obras de santa Tereza d'Ávila. Ao ler "Vida de santa Teresa D'Ávila" foi profundamente tocada, e entendeu que finalmente conhecera a verdade. Pela providência, ela sempre esteve cercada de pensadores cristãos. Husserl era luterano, Reinach e Conrad-Martius, eram evangélicos. Scheler era católico romano.
Sua conversão ao cristianismo trouxe profunda angústia à sua família judaica, pois viram o ato como um tipo de traição.
Por uns doze anos, ela ainda continuou na academia, ensinando filosofia. Ocorre que por conta do nazismo alemão, foi proibida de continuar a lecionar. Decidiu então entrar para a ordem dos carmelitas, na mesma escola de Teresa e de São João da Cruz. Viveu uma vida de contemplação, oração e meditação no Carmelo.
A perseguição ao povo judeu, empreendida pelos nazistas lhe era motivo de grande preocupação. Ela nunca negou que era judia, mesmo depois de se converter ao cristianismo. Na verdade, se sentia ainda mais unida ao povo de Deus, e com maiores obrigações para com os judeus. O próprio Jesus era judeu, e a perseguição sofrida pelo seu povo lhe era vista com compaixão e dor.
Em 2 de agosto de 1942, ela foi detida pela Gestapo. Ela poderia ter ido para um outro país da América, pois teve oportunidade para isso, mas preferiu ficar e sofrer com o seu povo. No campo de concentração tornou-se somente um número. Seu corpo nunca foi encontrado. Ela não se aproveitou do fato de ser cristã e monja para fugir. Ao que tudo indica, foi morta em 9 de agosto de 1942, em uma câmara de gás em Auschwitz-Birkenau.
Assim como Bonhoeffer, Edith foi o exemplo de alguém que preferiu padecer com o seu povo do que fugir. Ela compõe a interminável lista de homens e mulheres que entregaram sua vida por amor, e andaram no mesmo caminho do Mestre até o final de suas vidas, para uma nova vida. Gente que veio pobre a este mundo, e pobre dele saíram, mas na verdade, muito enriquecidos. Gente que não teve a vida por preciosa, e que servem de inspiração para todos nós.
Que a fé de Edith Stein, e de todos os mártires possa nos inspirar a nos entregarmos cada vez mais ao evangelho e à vida com Cristo.
A fé cheia de esperança de François X. N. Van Thuan.
A fé sofredora de Dietrich Bonhoeffer.
A fé que vence barreiras: William Saymour.
Nossa!É realmente um despertar para um certo desapego dessa vida aqui na terra,porque como já sabemos,daqui não levamos nada,mais que possamos deixar algo de inspirador como fez essa mulher e outras pessoas.
ResponderExcluirÉ verdade, Cássia!
ExcluirQue o Senhor nos ajude a sermos cada vez mais parecidos com Ele!
Obrigado por ler e comentar por aqui!
Deus abençoe!!!