Ouvindo a voz de Deus
Assisti um documentário em que é relatada um pouco da história de um pastor indiano que “ouvia a voz de Deus”.
Muito interessante
que, em uma das ocasiões, aquele pastor ouviu Deus lhe falar acerca de uma
ponte e uma bomba d’água em determinada região, e que era para ele se dirigir
até lá.
Ele foi, juntamente
com a equipe, e, chegando ao local (que ele nunca tinha ido, conforme relatou)
começou a pregar para um grupo de mulheres. Passaram poucos minutos, surgiu um
grupo de homens armados com facões, vindos de um templo hinduísta.
Eles ficaram ouvindo
o pastor falar. Ninguém atacou. O repórter ficou bem assustado. Até que
finalmente, um dos homens daquele grupo se converteu e “aceitou Jesus”.
Interessantemente,
aquele homem era um dos responsáveis pelos maiores festivais promovendo a religião
hinduísta naquela região. Alguns dos eventos chegava a reunir mais de 10.000
pessoas. A partir daquele dia, tudo iria mudar.
Falo aqui para
crentes. Um incrédulo, creio, jamais entenderia isso.
Acredito que
realmente, Deus ainda fala com as pessoas, dando-lhes direção, como deu para
Ananias ir ao encontro de Paulo. Ananias, um simples discípulo, ficou muito
assustado, pois Paulo era um perseguidor dos cristãos. Mas ele obedeceu as
instruções de Jesus, e foi até o futuro apóstolo dos gentios.
E porque hoje parece
que são tão poucos os que ouvem a voz de Deus?
Sinceramente, penso
que é porque não queremos ouvir.
Como assim?
Isso mesmo, não
queremos.
Quando ouvimos a voz
de Deus, Ele nos manda fazer coisas que talvez nós não queiramos.
Me lembro dos meus
tempos de novo convertido, em que eu entendia também ouvir a voz de Deus.
Houve ocasiões,
dentro da condução pública, seja ônibus, ou trem, eu me levantava, saia do meu
lugar, e ia pregar o evangelho para alguém. Muitas vezes fui bem aceito, outras
nem tanto, outras verbalmente agredido. Houve oportunidades em que eu saia
correndo atrás de alguém na rua, lhe parava, pregava, sendo mal recebido as
vezes. Uma vez em um restaurante, me sentei ao lado de um rapaz, e lhe preguei
o evangelho. Lhe fiz companhia a uma igreja que ele conhecia (que não era a
minha) e testemunhei ele aceitar o apelo do pastor para receber Jesus.
Mas sabe como é. O tempo
vai passando. A gente vai achando que vai se tornando intelectual. O amor
esfria. O pecado entra. Você também vai meio que se institucionalizando, etc. E
quando percebe, não ouve mais tanto a voz de Deus. Mas não ouve principalmente
porque tem medo. Tem medo porque Jesus pode fazer exigências e dar ordens que
você não está disposto a cumprir.
Daí, pela
misericórdia de Deus, ele permite que
você ainda faça parte do arraial das ovelhas dele. Salvo, sim. Amado sim.
Mas não mais um soldado em combate. Não mais alguém estrategicamente utilizado
para a batalha. Pois acabou provando não ser mais um daqueles soldados
corajosos, e aí, ele permite que você volte para casa e fique com sua família,
como os fracos soldados de Gideão.
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