Santos milagreiros


Alguém para ser canonizado como santo na Igreja Católica precisa ter feito um miilagre que tenha sido notadamente comprovado, passando inclusive pelo crivo de uma equipe científica do Vaticano.

Em que pese o elogioso rigor com o qual eles lidam com tal assunto (o que contraria, e muito, a atitude de muitos pentecostais, que qualquer alívio de dor nas pernas, já vão chamando de milagre) fico me perguntando se este modo de proceder é realmente o mais adequado de se avaliar a santidade de alguém.

Isto porque, além de um certo subjetivismo, em minha opinião, que envolve o testemunho dos que foram agraciados (mas isso, os cientistas resolvem), há outra questão que para mim é de suma importância.

A questão a que me refiro está no fato de, no meu humilde entender, em nenhum momento nas Escrituras vejo alguém ser considerado santo ou digno do Reino pelo fato de ter realizado muitos sinais, milagres e prodígios.

Na verdade, qualquer leitor médio do evangelho sabe que, ao que tudo indica, há muitos que farão tais obras e não entrarão no Reino.

Isto porque, o poder para operar tais coisas não pertencem a homens, mas a Deus, e envolvem, além de tudo, a fé de quem se disse agraciado.

Porque santidade não tem necessariamente a ver com dons miraculosos. Judas esteve entre os doze, e provavelmente participou do, por assim dizer, poder apostólico.

Tenho a impressão de que santidade tenha a ver com o amor. Quanto mais alguém amou, mais perto esteve da santificação.

Um amor que pode ser sentido e presenciado por todos. Daí, talvez, os que conviveram com tal santo tenham maior capacidade de avaliar sobre o seu caráter santo, sua santidade de vida, o que me parece, era o que ocorria nos tempos primitivos.

Porque tudo se resume no amor.

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