O vício em álcool e a liberação das drogas
Há muitas pessoas que
defendem, com algum grau de sensatez, a liberação das drogas.
E há motivos para
isso, sendo talvez o maior deles o fato de que, em havendo a liberação, a violência
decorrente do tráfico irá acabar (por exemplo, as máfias norte-americanas
surgiram quando por lá proibiram o comércio de bebidas alcoólicas).
Entretanto, me ocorreu
um pensamento, acerca de uma eventual liberação. Algo não fundamentado cientificamente
(que eu saiba).
Em nossa atividade
eclesial, não é incomum nos depararmos com pessoas que têm determinados vícios
na vida, notadamente o álcool. Hoje em dia, ouso dizer, todas as famílias
possuem alguém próximo com tal vício. E o álcool é uma droga liberada, sabemos
todos, com efeitos devastadores quando não o vicio não é moderado.
Ocorre que,
geralmente, pessoas viciadas em álcool dificilmente aceitam que precisam de
ajuda.
Demora muito para “cair
a ficha”. Presenciei pessoas perderem a vida por conta deste
vício, mas sem jamais admitirem a necessidade de ajuda. Ou então,
primeiramente, elas perdem tudo, família, emprego, para caírem em si. E muitas
vezes, nem assim.
Entretanto, quando
uma pessoa é viciada em crack, cocaína, ou algo do tipo, parece que mais rapidamente
ela admite que tem um vício. Não que o tal automaticamente vá pedir ajuda. Ela somente
admite que é viciada. Mas talvez a diferença não seja pequena, pois, admitir um
problema pode ser o início de sua resolução.
A minha dúvida é:
será que pelo fato do álcool ser uma droga liberada, leva a este efeito
psicológico na vida das pessoas, no sentido delas terem mais dificuldade de
admitirem que são viciadas? E se for realmente assim, será que uma eventual
liberação das demais drogas não pode causar um efeito similar?
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