Quando jejuardes...

Quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, que desfiguram o seu rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam... (Mateus 6.16)


Não é de hoje que realizamos obras religiosas para nos promover.

Havia três obras da espiritualidade judaica muito importantes e que todo bom judeu deveria praticar: a esmola, a oração e o jejum.

Entretanto, muitos realizavam tais obras com o fim de "aparecer". Quando jejuavam, faziam ares de tristes, para que ficasse demonstrada a sua espiritualidade.

Atualmente, com tantos recursos tecnológicos, não seremos nós os que queremos fazer algo para aparecer?

Quando escrevo este texto, por exemplo, será que minha única intenção não é a quantidade de visitas, comentários, elogios, etc? Não é somente deixar a "minha marca".

Quando fazemos alguma boa obra, atualmente, não corremos logo para colocar no "face" e depois ficar catalogando quantas "curtidas" e comentários tivemos?

Creio que isso faz parte da experiência humana. Queremos a aprovação de nossos semelhantes, e, quem entende que tem algo de bom para passar, precisa, em alguma coisa, entender que tem em si algo de positivo, caso contrário, onde estariam os padres, os obreiros, os pastores, os professores, os artistas? Em tudo há um pouco de arte, penso.

Mas há um lugar em que você e e eu precisamos afastar os holofotes de nós mesmos... E este lugar, ou um destes lugares de intimidade secreta, sem dúvida, é o jejum. Muitas coisas iremos fazer nesta vida para "aparecer", seja para o cônjuge, seja para aprovação dos pais, uma promoção na empresa, escrever em um blog (afinal, que escritor não quer ser lido?), site, jornal, dar uma aula, fazer uma pregação (afinal, de que adianta pregar para as paredes?) entre outras coisas. Mas a intimidade com Deus, esta não precisa e não deve ser para nós fonte de auto promoção. Que o jejum, a oração e a esmola sejam dadas em secreto. Caso contrário não teremos recompensa junto ao Pai que está nos céus. E a nossa recompensa é ele mesmo.

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