As ambiguidades de Pedro
O Apóstolo Pedro foi um interessante exemplo de uma constante revisitação de sua própria condição de homem falho e pecador.
Entre seus arroubos de grandeza e pequenez, temos diante de nossos olhos umas das mais profundas e interessantes figuras da história do cristianismo.
Alguém que teve que conviver com suas próprias falhas do começo ao fim de sua carreira cristã.
Como um dos que expressavam a mais natural liderança do colégio apostólico, sempre era o primeiro a manifestar seu interesse em alguma missão, sempre o primeiro a pedir a palavra, como naquela ocasião em que, grandiosamente fez a primeira confissão de que se tem notícia de que Cristo era o Messias, o Filho de Deus.
Poucas passagens depois já foi chamado de Satanás, o que prefiguraria talvez a ambiguidade do ministério petrino durante a história do cristanismo...
A covardia talvez fosse aquele aspecto sombrio do caráter de Pedro que mais lhe custou a ser trabalhado durante sua jornada cristã.
Quando os discípulos foram confrontados com a possibilidade da traição, o grande apóstolo foi dos primeiros a negar tal possibilidade.
Mas, todos sabemos, ele negou a Cristo.
Após a ressurreição, o cuidado todo carinhoso do Mestre fez com que Pedro, perdoado, perdoasse a si mesmo, tornando-se assim grande líder do novo movimento.
Passou pelo Pentecostes. Pelos milhares de convertidos. Pelo anúncio aos gentios. Sem dúvida nenhuma, um grande líder.
Ocorre que, certa vez, quando estava em Antioquia, comendo com gentios, teve medo dos que chegaram da parte de Tiago, de Jerusalém, e levantou-se, apartando-se dos novos amigos, tendo sido duramente confrontado por Paulo.
Novamente, Pedro se apartara dos cristãos gentios, por sua própria covardia...
Poucas notícias temos acerca do ministério petrino a partir daí.
Mas há um dado interessante da tradição que nos chama a atenção.
Quando a Igreja em Roma estava sendo perseguida, dizem que o covarde Pedro estava conseguindo fugir da cidade, quando o próprio Jesus aparece diante dele e lhe pergunta se ele iria negá-lo novamente. Pedro, completamente constrangido, se entrega às autoridades e pede para ser crucificado de ponta cabeça...
O que eu acho interessante nisto tudo, é realmente esta tendência dos mesmos erros, das mesmas falhas de caráter terem se repetido na vida de Pedro. Ou seja, antes da ressurreição, durante o seu ministério e mesmo no fim dele, o cometimento de atos tão parecidos...
Estas constatações não são para envergonhar Pedro, crucificá-lo novamente. Em absoluto. Mas tão somente meditar no fato de que Pedro representa cada um de nós, com suas próprias falhas e ambiguidades. Alguém que foi dependente da graça misericordiosa de Deus do início ao fim. Alguém cujo caráter não fora, talvez, completamente trabalhado até o momento de sua morte. E nos alertar para o fato de que, se nem o próprio apóstolo conseguiu trabalhar satisfatoriamente todos os aspectos mais obscuros de seu próprio ser, não é de se espantar se muitos de nós também não conseguirmos...
Entre seus arroubos de grandeza e pequenez, temos diante de nossos olhos umas das mais profundas e interessantes figuras da história do cristianismo.
Alguém que teve que conviver com suas próprias falhas do começo ao fim de sua carreira cristã.
Como um dos que expressavam a mais natural liderança do colégio apostólico, sempre era o primeiro a manifestar seu interesse em alguma missão, sempre o primeiro a pedir a palavra, como naquela ocasião em que, grandiosamente fez a primeira confissão de que se tem notícia de que Cristo era o Messias, o Filho de Deus.
Poucas passagens depois já foi chamado de Satanás, o que prefiguraria talvez a ambiguidade do ministério petrino durante a história do cristanismo...
A covardia talvez fosse aquele aspecto sombrio do caráter de Pedro que mais lhe custou a ser trabalhado durante sua jornada cristã.
Quando os discípulos foram confrontados com a possibilidade da traição, o grande apóstolo foi dos primeiros a negar tal possibilidade.
Mas, todos sabemos, ele negou a Cristo.
Após a ressurreição, o cuidado todo carinhoso do Mestre fez com que Pedro, perdoado, perdoasse a si mesmo, tornando-se assim grande líder do novo movimento.
Passou pelo Pentecostes. Pelos milhares de convertidos. Pelo anúncio aos gentios. Sem dúvida nenhuma, um grande líder.
Ocorre que, certa vez, quando estava em Antioquia, comendo com gentios, teve medo dos que chegaram da parte de Tiago, de Jerusalém, e levantou-se, apartando-se dos novos amigos, tendo sido duramente confrontado por Paulo.
Novamente, Pedro se apartara dos cristãos gentios, por sua própria covardia...
Poucas notícias temos acerca do ministério petrino a partir daí.
Mas há um dado interessante da tradição que nos chama a atenção.
Quando a Igreja em Roma estava sendo perseguida, dizem que o covarde Pedro estava conseguindo fugir da cidade, quando o próprio Jesus aparece diante dele e lhe pergunta se ele iria negá-lo novamente. Pedro, completamente constrangido, se entrega às autoridades e pede para ser crucificado de ponta cabeça...
O que eu acho interessante nisto tudo, é realmente esta tendência dos mesmos erros, das mesmas falhas de caráter terem se repetido na vida de Pedro. Ou seja, antes da ressurreição, durante o seu ministério e mesmo no fim dele, o cometimento de atos tão parecidos...
Estas constatações não são para envergonhar Pedro, crucificá-lo novamente. Em absoluto. Mas tão somente meditar no fato de que Pedro representa cada um de nós, com suas próprias falhas e ambiguidades. Alguém que foi dependente da graça misericordiosa de Deus do início ao fim. Alguém cujo caráter não fora, talvez, completamente trabalhado até o momento de sua morte. E nos alertar para o fato de que, se nem o próprio apóstolo conseguiu trabalhar satisfatoriamente todos os aspectos mais obscuros de seu próprio ser, não é de se espantar se muitos de nós também não conseguirmos...
Kyrie eleison...
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