Quem manda, afinal?

Os discípulos de Jesus sempre discutiam entre si quem era o maior.

Houve uma ocasião que até a mãe de dois deles pediu a Jesus que, em seu reino, deixasse que seus filhos sentassem, um à sua direita, outro à esquerda.


Essa questão, qual seja, de "quem manda aqui", ou ainda, "quem é o maior", acompanha a humanidade, ou quem sabe, a própria natureza, desde sempre.


Assisti vários documentários da vida animal.


Um dos que me chamou muito a atenção foi sobre como vivem os leões.


O chamado "macho alfa", por exemplo, é aquele que manda no grupo. Ele é o mais feroz. Fica com todas as fêmeas.


Quando, por exemplo, ele assume a liderança, mata todos os filhotes dos seus rivais, algo muito cruel de se ver. As leoas não conseguem resistir. Depois, ele gera os seus próprios descendentes.


Vi algo parecido com os cangurus, outros tipos de mamíferos e aves também.


Era um modo de passar a carga genética dos mais fortes para as futuras gerações.


É bem possível que a humanidade tenha passado por algo parecido.


Ocorre que em algum dia chegaram a conclusão de que não dava pra ficar brigando a vida toda para ver quem ia ficar com todas as mulheres!


Então, os homens começaram a discutir quem iria mandar na tribo.


E depois, que tribo mandaria nas demais.


Qual cidade mandaria nas demais.


Qual reino mandaria nos demais.


Qual império prevaleceria.


Até que chegamos em meados do século XX, e a busca da resposta para a pergunta de "quem manda aqui" nos levou à segunda guerra mundial e à morte de mais de 22 milhões de pessoas.


Após, as potências se armaram de tal modo que, se continuassem levar a cabo essa questão, já poderíamos ter destruído esse planeta uma dezena de vezes.


Não sobraria ninguém.


É por isso que a pergunta "quem manda aqui", ou "quem é o maior", no caso da humanidade, se tornou destrutiva.


E é por isso que Jesus disse que, no seu reino, os melhores não eram os que governavam, como reis, príncipes, governadores, os chamados homens bons.


Em seu reino, os maiores eram os que mais serviam.


E qualquer liderança só se justificaria para servir.


Alguns acham que essa atitude é para algum benefício para uma outra vida.


Não é assim!


O serviço amoroso e abnegado é o necessário para ESSA VIDA AQUI, ESSA VIDA QUE VIVEMOS NO AQUI E AGORA.


Caso contrário, não sobreviveremos.




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