Da brevidade da vida

A brevidade da vida é um dos temas mencionados nos Salmos, bem como nos Evangelhos, epístolas e outros documentos das Escrituras Sagradas.

Tudo se deteriora rapidamente, e temos a impressão subjetiva de que os dias seguem cada vez mais velozes.

Vencer a morte tem sido um desafio de boa parte das religiões.

Tal desejo também chegou nas portas da academia científica, e hoje muitos estudam formas e maneiras de tentar vencer a cessação da vida, isolando os motivos dos quais levam nosso corpo a se deteriorar. 

A bem da verdade, a evolução científica tem conseguido, de certa forma, fazer com que mais pessoas alcancem um potencial maior de existência, pois sua expectativa tem aumentado a cada ano. Porém, isso não significa que, de fato, nossos anos têm aumentado, pois sempre houve exemplo na humanidade de pessoas que até ultrapassavam os cem anos. Só se tornou menos difícil chegar lá.

Vencer a morte continua sendo um desafio para a humanidade. Nossos "genes egoístas" fazem o possível para se perpetuar, e vamos transportando nossa carga genética de geração em geração, a fim de que alguma possa encontrar finalmente a fonte da eterna juventude.

Quando, e se isso ocorrer, eles poderão dizer verdadeiramente que, só chegaram onde chegaram porque de fato, subiram nos ombros das gerações anteriores (ou em uma linguagem bem bíblica, estavam em nossos lombos), e talvez lamentem pelo fato de morremos por motivos tão banais (do mesmo modo como olhamos para gerações passadas).

O cristianismo também tem sua mensagem de vitória sobre a morte, prometida em Cristo Jesus, na ressurreição final. Alguns ressuscitarão para a vida eterna, outros, para a morte eterna.

Entretanto, por óbvio, ninguém voltou para contar história depois da morte, a não ser por visões de pessoas piedosas, que não se revestem de garantia empírica e infalível, para sermos honestos.

Portanto, o que temos e possuímos para tal esperança, é a nossa fé, e cremos possuir em nós o testemunho para tal certeza, porém, é algo também subjetivo.

Ou seja, a vida continua sendo breve, e sábios seremos se soubermos como vivê-la.


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