Quando o não agir de Deus é mais amoroso do que o agir
Uma das coisas mais tristes que se realiza no ofício
pastoral é visitar alguém no hospital que esteja com uma enfermidade terminal.
Como gostaríamos de ter um poder infalível de curar
alguém nestes momentos.
Clamamos sim. Alguns se levantam, melhoram, tocam
sua vida. Outros, não.
Há momentos em que visitamos alguém jovem.
Ele nos olha nos olhos procurando um motivo.
Não temos nenhum a oferecer.
Expressam que querem continuar a viver.
Apoiamos seu desejo, lhes oferecendo palavras de
ânimo e de confiança.
Por isso é tão triste quando ao final de uma luta
assim, a pessoa não resiste.
Sim, há pessoas que acreditam em uma cura
sobrenatural até o último instante.
E esta não acontece.
E a pessoa parte.
Quero acreditar em algo que me faça entender e
aceitar esse momento.
Sou uma pessoa da fé.
Quero crer que se tal pessoa partiu, foi para uma realidade
bem melhor que essa.
Se o Pai não a curou, é porque a ama.
Quero entender que curar é algo bom. Mas levar a
pessoa é algo ainda melhor.
Essa é a nossa esperança!
Só é possível entender esse estado de coisas à luz
da eternidade, do transcendente, pois aqui não há, no nível dos homens,
descanso, justiça, alegria perfeitos.
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Imagem de Roland Steinmann por Pixabay |
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