A velha discussão Fé X Obras entre um católico e um protestante

Um católico e um protestante dialogavam a questão da justificação:

PROTESTANTE: O homem é salvo somente pela fé em Cristo Jesus.

CATÓLICO; Nada disso, como disse São Tiago, o homem não é justificado somente pela fé, mas pela fé e pelas obras. A fé sem obras é morta.

PROTESTANTE: Se um homem tiver uma fé viva, ele irá praticar boas obras. Se sua fé for morta, esta não pode salvá-lo. A Ausência das boas obras indicam que a fé esta morta. 

CATÓLICO: As obras são meritórias para a salvação!

PROTESTANTE: Eu entendo que as boas obras são um indicativo de que a fé de alguém é verdadeira, real e saudável; porém, não tornam uma pessoa digna da salvação. Paulo disse: não por obras, para que ninguém se glorie!

CATÓLICO: Quando Paulo dizia que o homem não era justificado pelas obras, estava se referindo às obras da lei de Moisés. Ele não estava se referindo às boas obras de modo geral.

PROTESTANTE; Mas que boas obras existem que não foram mencionadas pela lei de Moisés? Na lei diz que devemos cuidar dos pobres, das viúvas, dos estrangeiros.

CATÓLICO: Por essa eu não esperava! Bem; os sacramentos da Igreja. Temos que participar destes para que sejamos salvos.

PROTESTANTE: Você pode até acreditar nisso, mas não pode fundamentar isso na epístola de Tiago. Este mencionou ajudar o necessitado e deu exemplos de fé do Antigo Testamento, como o de Abraão e Raabe.

CATÓLICO: Fundamento nas palavras de Jesus. Ele disse que quem não fosse batizado, não seria salvo. E quem não participasse de seu copo e sangue, não teria parte com ele. 

PROTESTANTE: Eu entendo que o batismo é uma boa obra que se segue à fé, uma fé viva e verdadeira, bem como a participação na Santa Ceia. São um indicativo da fé, da obediência a Jesus. Você há de convir comigo que não é difícil participar nestes ritos sem ter uma fé de verdade, só por fingimento. Além do que, há séculos que milhões de brasileiros são e já foram batizados. Se batismo salvar, então não devemos mais dizer que o caminho é estreito e são poucos os que o encontram, mas sim que e largo e dificilmente há quem o erre.

CATÓLICO: Mas não é por causa dos maus exemplos, que o ensino perde a validade. A quem participa no sacramento sem fé verdadeira, esta lhe falta, mas o sacramebnto é válido mesmo assim. Quem tem fé verdadeira, deve participar para aprimorar a sua fé. Sem isso, não pode se salvar.

PROTESTANTE: Vejo a participação no sacramento como um ato de amor. Não o faço para que possa conquistar algo. Quando entro em comunhão com alguém, eu o faço por amor. Faço por que já fui conquistado. Senão parece uma troca, fazer para obter algo, diferente da graça, que é, faço porque obtive algo. Claro que neste processo também somos edificados.

CATÓLICO: Não tem problema fazer algo para obter alguma coisa em troca. Um namorado não galanteia sua amada para ter a recompensa de tê-la em seus braços? Alguém não vai à batalha para vencer uma guerra?

PROTESTANTE: Sim; mas veja que na base de tudo está o amor. Toda iniciativa foi daquele que nos amou primeiro. Seu amor é abundantemente derramado em nossos corações. Boas obras podem nos dar recompensa, galardão, mas a salvação vem somente do Senhor.

E assim a discussão se seguiu por mais algumas horas, encontrando os tais alguns pontos em comum, e outros não. Dizem que essa discussão ainda irá durar séculos.



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