Qual deveria ser o papel da igreja diante da pandemia?

A gripe espanhola matou pelo menos 50 milhões de pessoas.

Isso não irá acontecer com a presente pandemia. Nem chegaremos a metade disso, muito provavelmente.

E sejamos honestos.

Não é porque aumentou o número de igrejas, mesquitas, sinagogas, ou religiosos no mundo.

Não.

É porque a ciência avançou de lá para cá.

Sabemos que, se tivemos em curto prazo uma vacina, não será por conta das religiões, institucionalmente falando.

Até é possível que defensores de uma religião "A" ou "B" possam fazer uma defesa, no sentido de que seus princípios possibilitaram o surgimento da investigação científica.

Talvez seja verdade.

Mas isso é uma questão filosófica cujo escopo não é possível tratar aqui.

De qualquer forma, são laboratórios, cientistas, especialistas que chegam à criação de remédios, vacinas, que podem evitar a morte de milhões de pessoas.

E tudo isso financiado com muito dinheiro.

E qual o papel social da Igreja diante de um quadro assim? Ou qual o papel das religiões, dos religiosos?

Sinceramente, penso que o papel mais importante seja ético e prático.

No cristianismo, tradição a qual pertenço, significa dar atenção aos mais pobres, aos necessitados, em suas dificuldades.

Também levar consolo aos  tristes, aos abatidos e desesperados. Chorar com os que choram.

Ou seja, tentar diminuir, amenizar o sofrimento, onde quer que seja encontrado, levando conforto e esperança.

Sei que muitos se metem em outras searas que sequer são especialistas, e muitas vezes o fazem em nome da religião.

Outros, infelizmente, exploram o medo de forma mercantil. Uma pena alguns se comportarem deste forma, pois se tivessem algum poder para parar algo assim, que o fizessem de graça.

Há ainda que exageradamente negue a complexidade e gravidade da situação. 

Tudo isso poderá contribuir negativamente para a já desgastada história da igreja.

Penso ainda que a comunidade cristã deve também colaborar para a consciência social, no sentido de que uma solução para o terrível problema que vivemos possa atingir o maior número possível de pessoas.

Enfim, quando age com amor e compaixão, a igreja nunca erra.



Mãos, Compaixão, Ajuda, Antigo, Cuidados, Apoio



Comentários

Mais visitadas da semana

E não endureçais os vossos corações (Hebreus 3.7-13)

Manaém, o colaço de Herodes

O amor não é sentimento, é mandamento

A tristeza de William J. Seymour

Arminianismo e Catolicismo Romano

Aprendendo com os erros do Rei Amazias

Panorama do Novo Testamento: Atos dos Apóstolos

Panorama do Novo Testamento: O Evangelho de João

Resenha da obra "Ego Transformado", de Tim Keller

A triste história do Rei Asa