Como saber se estou servindo realmente a Deus ou aos interesses de alguém?

Não é difícil atualmente surgirem pessoas que se sentem um tanto quanto cansadas.

Isso porque, em suas igrejas possuem muitas atividades para realizar.

E, de fato, estar no evangelho exige realmente muito trabalho. É inesgotável.

Há um exemplo nas Escrituras em que o Senhor sente a necessidade de chamar os discípulos para descansar, pois não tinham tempo nem para comer (Marcos 6.31).

E é assim na vida cristã.

Se assumirmos o compromisso de procurar sanar todas as necessidades, não sobrará tempo para outra coisa.

Há pessoas a serem evangelizadas, visitadas, sejam em hospitais, lugares de internação, ou mesmo em suas próprias casas. Projetos sociais. Aulas. Oração. Vigílias, e assim sucessivamente.

Entretanto, como saber diferenciar se o que se está fazendo é fruto de um ativismo imposto ou um trabalho realmente dedicado ao Senhor?

Essa não é uma resposta muito simples de elaborar.

Isso porque, de certa forma, tudo vai depender da atitude interior de quem estiver realizando tal obra.

Tudo o que fizermos de coração como que para o Senhor, será aceito por Ele.

Agora, de fato, podem ocorrer momentos em que a pessoa realmente está muito sobrecarregada, e mesmo perdendo o prazer de realizar tantas atividades, pois a exploração, no fim, acaba produzindo um fruto amargo.

Isso porque, tais líderes começam a usar o mecanismo da culpa para forçarem a adesão.

As pessoas começam a fazer as coisas mais por medo, constrangimento, por se sentirem culpadas.

E isso é algo muito ruim para a nossa espiritualidade.

Como evitar esse tipo de coisa?

Pensemos.

Toda a atividade ministerial tem que ser livremente assumida.

É o Espírito Santo que é o Senhor da igreja, e define, no coração dos fiéis, aquilo que deseja que seja realizado pelos seus membros.

É claro que a liderança pode e deve incentivar e convidar à participação.

Porém, toda adesão deve ser voluntária, fruto de uma ação movida pelo próprio Espírito Santo.

E o fruto do Espírito será a alegria, mesmo se houver muito trabalho a ser realizado.

Penso que essa é uma forma de detectarmos se, de fato, estamos trabalhando para Deus ou para os homens.

Se você se sente pesado, e faz as coisas mais por medo de ser reprovado, algo realmente está errado. Talvez seja a hora de ter uma conversa com sua liderança, ou mesmo mudar de ministério (lideranças assim dificilmente mudam, pois seu modo de agir, geralmente está na própria natureza de seus sistema eclesiástico).

Se você quiser um livro que discorra sobre alguns casos reais de abuso espiritual, indico a obra Feridos em Nome de Deus.

Nunca se esqueça: a alegria do Senhor que é a nossa força!

E ore sempre! Ele te dará entendimento!


Cuidado com a exploração religiosa

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