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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

A fraqueza de Deus...

S empre recordo-me de um dito de Bonhoeffer acerca da presença de Deus no mundo... O referido teólogo alemão, quando preso em um campo de concentração nazista, e a meditar, entre outras coisas, no sofrimento humano escreveu sobre a fraqueza de Deus, e que a maturidade do cristão exigia que ele aprendesse a viver o abandono do Getsemani, ou seja, como se não houvesse Deus no mundo. Vivos no mundo, mas sem Deus no mundo... E que, se Cristo era a expressão máxima de Deus no mundo, isto significaria que, na cruz, Deus se permitiu ser expulso do mundo! Ou seja, a cruz não foi somente a mensagem de Deus ao mundo, expressando o seu máximo amor! A cruz também foi, em contrapartida, a mensagem do mundo para Deus: "não te queremos mais aqui!!! Fora daqui!!! E o expulsaram do mundo, crucificando-o numa cruz... E o que é pior (ou melhor). Ele deixou. Ele permitiu. O Filho de Deus se permitiu ser crucificado, anulou-se a si mesmo, e deu de si mesmo... Foi a fraqueza de Deus que venceu o mundo.

Sobre garrafas e caninhos...

D eus é poesia, é mistério... As religiões tendem a ser garrafas... Entre estas garrafas, há algumas mais bonitas; outras mais feias... No meio evangélico, há garrafas muito feias... Talvez, das mais feias de todas... Ou armários, ou correntes, etc... sei lá... Se o fiel não "rezar" na cartilha da denominação, não se vestir como lhe é determinado, não agir como mandam, não der dízimo. ele está fora da garrafa, portanto, longe de Deus, amaldiçoado... Entretanto, não comungo da idéia de certos intelectuais que entendem que tais fiéis são um bando de pobres, abestados, explorados... Não; penso sinceramente que, não obstante as possíveis perdas que tais fiéis possam ter, eles recebem algo de bom da comunidade ao qual estão inseridos, e que mudou a sua vida. Eles não são burros. Podem estar enganados, em certos pontos, mas burros, não são. Esta não é somente a minha opinião; é também a do padre libertacionista José Comblim (inclusive, mais otimista do que eu) e do sociólogo Ricard