O laicismo radicalmente imposto e o vazio espiritual de um povo
Isso porque, naquele país, cresce o número de muçulmanos e o de católicos diminui. Embora a maioria seja de católicos, nem cinco por cento deles frequentam regularmente a missa.
O discurso de tais líderes muçulmanos é o de que cultuam o mesmo Deus. Será?
Claro que não. Os católicos e outros cristãos creem em um Deus que é Trindade, e os muçulmanos rejeitam tal concepção.
De qualquer modo, há muitos anos a França e boa parte da Europa passam por um processo de secularização muito forte.
Talvez isso tenha deixado um certo vazio espiritual no meio do povo.
Entretanto, o islamismo não passou por este processo de secularização. De modo que o espírito muçulmano só parece ter se fortalecido.
E o muçulmano não esconde de ninguém que quer ver a aplicação da lei islâmica em toda a sociedade, e que quer que Alá seja adorado por todos, e os que assim não o fazem, são infiéis. Enquanto minoria, até podem adotar um discurso democrático, ecumênico, abrangente. Mas será que há algum estado controlado pelo islamismo em que haja plena liberdade religiosa e de opinião?
Fato é que o ocidente tem passado por um processo bem radical de laicização. E até entendo que isso tenha o seu valor. Entretanto, uma coisa é alguém ser laicista, agnóstico, ou até mesmo ateu por opção. Outra coisa é tal ideologia ser radicalmente imposta, tirando-se artificialmente da sociedade séculos de cultura moldada pela religião.
Será que a tendência disso não é gerar um vazio espiritual no povo, que acaba ficando somente no aguardo de uma nova ideologia ou religião radical?
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