Comentário de Caio Fábio à matéria da Revista Época



Conforme já disse certa vez o Ariovaldo Ramos, eu também não tenho o "tamanho" do Rev. Caio Fábio (e, muito menos, o do Ari, rsrsr). Na verdade, cresci ouvindo, vendo e lendo, tanto um quanto o outro.

Mas uma coisa eu confesso, com todo o acatamento e respeito. Não entendi ainda a proposta do novo Caio Fábio. Objetivamente falando, o que faz dele alguém que não seja como os demais pastores citados na entrevista da Revista Época. Confesso sinceramente que não entendi.

Entendo quando Caio diz "novos reclamões". E que na verdade não são tão novos assim, e que combatem algo no meio evangélico que também não é tão novo assim. Mas acho que precisam reclamar mesmo, mostrar que há uma face do cristianismo evangélico que não é igual ao dos neopentecostais. E homens como Dom Robinson, Ed Rene, Ricardo Agreste, em minha humilde opinião, vivem uma vida diferente do tipo de cristianismo que eles combatem.

Por exemplo, a Igreja Batista de Água Branca, do Ed Rene. Nunca estive lá. Mas já ouvi o Ed, bem como pessoas que lá frequentam. Ouço dizer que possuem um trabalho interessante de Koinonias; que também a igreja contribui com muitas obras sociais. Já ouvi muitos líderes ortodoxos criticarem o Ed, dizendo que ele é um liberal. Enfim, o que há de errado no ministério do Ed a ponto de ser colocado entre os bundões?

A primeira igreja evangélica que frequentei foi a do Pr. Ricardo Gondim, a Assembléia de Deus Betesda. Para mim, o Gondim foi, e talvez ainda seja, uma das grandes vozes evangélicas, diferenciadas neste país. Aprendi a amar as Escrituras naquele lugar, a admirar os grandes pregadores, a viver a experiência de comunidade. Ele pode não ser perfeito, mas porque chamar um ancião de bundão?

Mas, confesso, conforme já disse, o que torna o Caio tão especial que o coloca em uma situação diferente dos demais citados na entrevista? Minha pergunta é humilde, de criança, de quem quer aprender, ver um rumo a seguir... Não é arrogante, provocativa, nada disso. Não sou ninguém. O Caio nem me conhece, provavelmente nem vai ler isso aqui... Sou um grande admirador do Rev. Caio Fábio dos anos 90. Cheguei a assistir uma pregação dele, certa vez, na igreja "O Brasil para Cristo", que deve ter durado mais de cinco horas.

Muitas de suas pregações dos anos 90 estão no youtube. São mensagens maravilhosas, que nos deixam muito alegres em Cristo, que edificam bastante. Lembro-me também do seu programa "Pare e pense", nos sábados de manhã, época em que eu era novo convertido. Foi uma alegria ver o projeto da "Fábrica da Esperança" (acho que era esse o nome), e tristeza mui grande também ver que não foi pra frente. Foi igualmente doloroso ver a queda do Caio, as duras críticas que recebeu. Li algumas de suas obras, sermões escritos, etc, que edificaram muito minha vida. Creio que muitas das suas pregações atuais também são muito boas. Todos erramos, e a graça de Deus nos possibilita o recomeço. Mas ainda não entendi o porque de críticas tão ácidas a boa parte da boa liderança evangélica deste país...

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