A fé sofredora de Dietrich Bonhoeffer

Dietrich Bonhoeffer - Herói da fé

Em 1906, na Alemanha, nasceu Dietrich Bonhoeffer, na cidade de Breslau.

Este homem, de família cristã, desde muito cedo decidiu estudar teologia, tendo se tornado bacharel já aos 21 anos de idade. E de fato se tornou um grande teólogo, sendo que muitas de suas obras se encontram traduzidas para o nosso idioma, como por exemplo, o livro "Discipulado", "Vida em Comunhão", e muitos outros. Ele estudou ainda na Espanha, nos EUA, e em 1933 assumiu um pastorado em Londres.

A Alemanha neste período passava por grandes tribulações políticas e econômicas por conta da primeira guerra mundial, e era o início da ascensão do nazismo. Por algum motivo, Bonhoeffer não quis ficar mais na Inglaterra, e preferiu voltar para o seu país, mesmo podendo estar, por assim dizer, em uma situação muitíssimo mias confortável.

Em seu país de origem, Bonhoeffer assumiu a liderança do Seminário Teológico da Igreja Confessante. Era um seminário que não estava alinhado às idéias políticas do regime nazista, e por isso, com o tempo, tal local acabou caindo na ilegalidade. O próprio Dietrich já havia ingressado na resistência política a Hitler.

Quando do ano de 1936, sua própria habilitação para o ensino, na Universalidade de Berlim foi cassado pelo regime, e ele foi proibido de fazer palestras e de escrever. Suas obras, como o livro "Discipulado" foram colocados na ilegalidade. Paul Tillich também foi um exemplo clássico de um teólogo que passou pelas mesmas situações, mas este se exilou nos EUA.

Fato é que, em 5 de abril de 1943, Dietrich Bonhoeffer foi preso pelo regime nazista. Da prisão, ele escreveu suas famosas cartas, que foram reunidas na obra "Resistência e Submissão". Entre outras meditações, há aquelas acerca da comunhão de Cristo com o sofrimento humano, bem como da fraqueza de Deus que se deixa resistir e ser "expulso do mundo", como ocorreu com Cristo. Em 9 de abril de 1945, por determinação de Hitler, Bonhoeffer foi executado em um campo de concentração, e isso, quando o regime nazista já sabia que iria cair nas mãos dos aliados.

Uma das coisas que causa admiração na vida de Bonhoeffer é que ele não precisaria ter voltado para a Alemanha. Muitos outros conseguiram se exilar, sair do país. Mas ele preferiu voltar. Sua história me lembra muito com a de Neemias, que, mesmo em uma posição confortável como copeiro do rei, quando viu a situação de Jerusalém, chorou e pranteou, e decidiu se engajar para reconstruir a cidade de seus pais. Bonhoeffer preferiu voltar para sua terra, combater o regime nazista, do que permanecer no seu pastorado em Londres ou em qualquer outro lugar, onde certamente seria recebido de braços abertos. Por isso, seu exemplo de vida e de martírio é a de uma fé sacrificial, que deixa de lado o seu próprio bem estar para viver uma vida de sacrifício em favor de algo mais sublime, por amor à sua própria nação. Seu nome está no rol dos mártires cristãos, tanto por aquilo que escreveu, como pelas lutas que lutou, e pela forma como morreu. Bonhoeffer salva a honra de todos os cristãos, tendo em vista que, no período nazista, a igreja luterana alemã, e, boa parte dos católicos do país, apoiaram o nazismo. Ele bem pode ser incluído como um dos grandes heróis da fé.

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