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Mostrando postagens de janeiro, 2012

72 Virgens

"O que os terroristas fazem é isso: em vez de chamar o suicida pelo que é, chamam-no de mártir e dizem que ele morreu em defesa da religião, o que não é fato. Pronto, o Paraíso está garantido, a face de Deus será vista e haverá setenta  e duas virgens a servir o mártir..." (KAMEL, Ali. Sobre o Islã, Ed. Nova Fronteira, p. 222). Pois é... Se morrer em nome da religião não bastar, tem a promessa de ir para o Paraíso... Se isso não bastar, promete-se ver a face de Deus... e se isso ainda não for o suficente, setenta e duas virgens servisão o "mártir". Parte-se, do mais sublime, por assim dizer, ao mais carnal...

Fábio Macari

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P oucos hoje sabem, mas há uns vinte anos atrás, fiz parte de um grupo de hip hop, o Fatos Reais. Tocamos um tempo nas rádios segmentadas, fizemos muitas apresentações; ou seja, algum barulho, naquela época, com um som chamado “Terror no Carandiru”. O nosso produtor foi o Fábio Macari, o mesmo que produziu outros grupos, como o RPW, o Filosofia de Rua e o Facção Central. Pois é. Eu não via o meu amigo há mais de dez anos. Ele, infelizmente, contraiu uma doença um tanto quanto grave, e está em tratamento. Meu amigo Luciano (Pregador Luo) chamou-me para visitar o Fábio, em uma cidade do interior, e eu fui. Quando cheguei lá, foi grande a satisfação em conhecer o Renan, vocalista do grupo de rap “Inquérito”. O cara está fazendo mestrado em Geografia, na Unicamp, e professor nesta área. Sua dissertação tem a ver com uma pesquisa de diversos grupos de rap pelas diversas regiões do Brasil. Comentou comigo de um movimento inclusive entre os índios tupi-guaranis que lutam contra

Estado Civil: Divorciada

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F ui com a minha namorada a um passeio em um clube aqui em São Paulo, e conhecemos uma senhora, de uma conhecida igreja evangélica pentecostal brasileira (centenária, inclusive). Papo vai, papo vem, ela se apresentou como Maria, missionária. Ela nos disse que éramos um casal lindo e unido por Deus (algo muito bom de ouvir). Entretanto, em dado momento, ela pediu oração, pois estava querendo arranjar um marido, dizendo que agora era viúva. Fato é que, o marido dela a havia abandonado antes dela se converter (há uns vinte anos atrás), e ela se divorciou. Na carteirinha de membro da igreja pertencente a ela vinha constando o estado civil dela como divorciada. Coisa estranha esta de se constar. E ela disse que seria difícil arrumar um marido constando “divorciada” na carteirinha dela. Acho estranho algo deste tipo ter que constar em uma carteirinha. Não bastaria a palavra dela. Tinha que carregar este fardo a vida toda.

Religiões Radicais

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Uma pessoa tem a vida um tanto quanto desregrada. Sua família, seu casamento, seu emprego, sua vida pessoal, tudo vai mal. Talvez tenha dívidas, ações na justiça, entre outras coisas. As religiões radicais vão ajudar a resolver tal situação. Vão ordenar a vida de tal pessoa, organizar, melhorar. Pode acontecer também da pessoa viver uma vida boa, com sua família, emprego, formação superior, abundância financeira, etc. Tais pessoas também podem passar por uma crise de identidade, de valores, e religiões radicais podem acabar ocupando tal espaço, dando sentido para vida de tais pessoas. Ocorre que  tais religiões radicais passam a tolher a liberdade dos seus fiéis, primeiramente a liberdade de pensamento . E como pensar é, em tese, o que nos faz humanos, tais pessoas têm sua humanidade relegada ao comando de outras pessoas. Há o risco de se tornar parcial ou totalmente escravizada, e intolerante para com todos aqueles que não sustentam a mesma identidade religiosa que a sua.

O bispo cristão

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E stes dias estava a meditar nos requisitos que o apóstolo Paulo indica que são necessários para que alguém se torne bispo, quando escreveu ao seu discípulo Timóteo (I Timóteo 3.1-7). O que eu achei interessante é que são requisitos bem práticos. Na verdade, quase chocam pela sua simplicidade. Entre outras coisas, o bispo deve ser irrepreensível (ou seja, nada na sua vida está a desabonar sua pessoa), é marido de uma só mulher (ou seja, monogâmico, fiel), é temperante (qualidade de quem é moderado nos aspectos intelectuais, espirituais, etc, ou seja, não é um radical), sóbrio (moderado no que tange às bebidas, alimentação, etc), modesto (não faz alarde de suas próprias virtudes e boas obras), hospitaleiro (faz com que os visitantes se sintam bem acolhidos, oferece lugar de repouso e confiança) apto para ensinar (ou seja, também um estudioso; tem que ser um bom professor), não dado ao vinho (tem controle de si, não é um beberrão), não violento (não usa a coação de nenhu

Gueto Cristão

A concepção protestante acerca da vocação secular, a meu ver, precisa ser resgatada, pois há muitos homens pregando, ainda que implicitamente, que só realizam uma obra espiritual aqueles que se dedicam a algum ministério eclesiástico. A vida secular, para estes, é enfadonha, e pode ser feita meio que "de qualquer jeito". Não é a toa que muitos não desejam, de modo algum, negociar com os chamados cristãos evangélicos. Os reformadores disseram com todas as letras que um sapateiro, uma dona de casa, um advogado, quando trabalham de forma digna, cristã, realizam uma obra tão espiritual e relevante quanto àqueles que presidem um culto religioso. Hoje, por algum motivo, achamos que para tudo ter qualidade, deve necessariamente ser evangélico, ou estar servindo a um propósito eclesiástico. Ledo engano! Isso porque, deixamos de ler no livro da natureza ato da revelação do próprio Deus, e enxergar mesmo a vocação secular como algo sagrado e abençoado, se feito com amor e ded