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Mostrando postagens de junho, 2010

Protestantismo e individualismo

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"Daí, alguns já terem dito que um protestante tentar combater o individualismo é como tentar sair do chão puxando os próprios cabelos..." S emana passada tive uma aula excelente com um professor de sociologia evangélico que nos falava acerca do individualismo moderno, passando pelo Renascimento até a Revolução Industrial, entre os pareceres de diversos doutos acerca do assunto. O individualismo, em seu sentido mais radical e doentio, todos na sala concordaram, é um mal a ser combatido. Foi quando lhe perguntei (sou um aluno meio chato) o que o protestantismo poderia ter a ver com o individualismo moderno; e, em uma sala lotada de alunos protestantes, o professor disse-me, brincando, que eu o havia colocado em maus lençõis... De qualquer modo, fez umas poucas citações de alguns que entenderam a participação do movimento protestante na formação espiritual da sociedade moderna, mas que não daa para entrar em muitos detalhes naquele momento. Alguns alun

O quanto é lícito juntar

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Por isso, ressalto e repito o que tenho entendido deste assunto até aqui, ainda que corra o risco de ser prolixo: o problema não é juntar dinheiro para comprar um carro, sair do aluguel, pagar um curso, investir em uma aplicação, etc; o problema é se vivermos unicamente para isto... E stes dias, em uma de minhas aulas por aí, conversávamos sobre algumas passagens polêmicas do Novo Testamento, notadamente o Sermão da Montanha, ou sermão do monte. Conversávamos sobre qual seria a ética econômica ideal para os discípulos de Cristo. Ou seja, como deve um discípulo lidar com a questão do dinheiro. Aí, surgem dúvidas das mais diversas, e um professor que se preze deve considerá-las todas com seriedade. Entre elas é, diante das desconcertantes palavras de Jesus de não juntarmos riquezas nesta terra, como deveríamos nos comportar? Uma mãe, por exemplo, perguntou-me se era então lícito juntar dinheiro para a futura faculdade da filha. O outro perguntou se era lícito ter caderneta de poup

Um evangelho antropocêntrico

O nosso problema é que estamos vivendo a era de um evangelho antropocêntrico. Isto corre o risco de entrar em todas as igrejas; até nas mais sérias. Deus se torna uma espécie de emissário, de servidor do fiel, lhe dando uma vida boa, uma boa casa, uma boa família, um bom emprego, tudo assim. Quem não quer um Deus assim? Que resolva todos os meus problemas? Se você ouvir as músicas evangélicas contemporâneas, verá que em boa parte delas tem em seu centro a figura do adorador. É tudo para mim, um novo tempo para mim, uma nova vida para mim. Não se foca mais a pessoa de Deus, como nos antigos hinos que diziam "Santo, Santo, Santo", ou que exaltavam a fidelidade de Deus dizendo que "Tu é fiel, Senhor", nem se diz mais "A Deus demos glória". O problema disso tudo é que este evangelho antropocêntrico, não obstante nos dar uma carga de otimismo inicial, não resolve a vida de ninguém, pois não combate o que de pior nos torna infelizes, que somos nós mesmos, o pec